VIDA URBANA
Sem Terra exigem liberdade de dois acampados e denunciam torturas
Acampados fazem manifestação em frente à delegacia de Pocinhos exigindo que dois homens presos durante tiroteio no sábado sejam libertados.
Publicado em 04/05/2009 às 9:55
Karoline Zilah
Integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) fazem uma mobilização na manhã desta segunda-feira (4) em frente à delegacia de Pocinhos para exigir que dois trabalhadores rurais detidos no último sábado (2) sejam liberados.
Em nota, a direção do MST criticou a Polícia Militar e seguranças particulares armados, denunciando que eles teriam expulsado a tiros aproximadamente 60 famílias acampadas desde a sexta-feira (1º) na Fazenda Cabeça de Boi.
Segundo militantes do movimento, o despejo foi ilegal e aconteceu no meio da madrugada. O MST defende que estava ocupando uma área de 700 hectares que seriam improdutivos e cuja propriedade já teria sido declarada apta para a desapropriação, mas a dona dos terrenos não teria aceitado o valor da indenização.
Ainda de acordo com a direção do MST, pistoleiros teriam atirado quando as famílias montavam barracos e ateado fogo contra um carro que serviria de apoio para os sem terra. O despejo teria ocorrido ainda nesta madrugada sem autorização judicial.
O movimento ainda denuncia que sete acampados foram presos e levados para um casa, onde teria sofrido torturas. Os dois presos fizeram exame de corpo de delito no sábado e outras cinco pessoas que foram liberadas serão examinadas nesta segunda. Mais cinco homens ainda estariam desaparecidos.
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