VIDA URBANA
Servidores da Educação de João Pessoa decidem entrar em greve
Categoria pede, dentre outras reivindicações, reajuste de 16% para os professores. Movimento começa na segunda-feira (16) e deve deixar 60 mil alunos sem aulas.
Publicado em 11/03/2015 às 18:03
Os servidores da rede municipal de Educação de João Pessoa decidiram, em assembleia realizada nesta quarta-feira (11), que irão entrar em greve por tempo indeterminado a partir de segunda (16). A principal reivindicação do Sindicato dos Professores do Município de João Pessoa (Sintem) é reajuste de 16% para os professores da rede.
Segundo Daniel de Assis, presidente da Sintem, a categoria enviou um documento à Secretaria Municipal de Educação (SME) em janeiro com as principais demandas. Audiências entre as partes chegaram a ser marcadas pela prefeitura mas, de acordo com Assis, foram remarcadas duas vezes. "Decididimos pela greve após o silêncio da prefeitura, que dura desde janeiro", afirmou ele.
No documento entregue à SME, os servidores pedem, além do reajuste, modificações no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) - que incluem a garantia de manutenção do salário integral para quem se afasta para cursar pós-graduação e progressão funcional por titulação para quem está em estágio probatório - e a implantação da terceira etapa do plano que, segundo o sindicato, está parado há dois anos.
No total, 8.500 profissionais - sendo 4.500 educadores - irão paralisar as atividades nesta quinta (12) e sexta-feira (13), antes do início oficial da greve na segunda. A suspensão das atividades irá afetar 60 mil alunos, 95 escolas e 34 Centros de Referência em Educação Infantil (Creis).
Em nota, a Secretaria de Educação de João Pessoa disse que tem uma negociação em andamento com os professores e servidores das escolas municipais. “Durante a negociação foram ouvidas as solicitações dos professores, que atualmente recebem o segundo maior salário do Nordeste, e ficou acordado que a PMJP apresentaria uma proposta na próxima sexta-feira”, disse a secretaria.
A administração municipal afirmou também que a reivindicação da categoria por ajuste salarial, veio no momento em que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), do governo federal, sofreu redução de 4,2%. “Apesar disso, a prefeitura se prontificou a apresentar contraproposta, mas os professores se anteciparam e deflagraram a greve antes da reunião acordada”, pontua.
(Atualizada às 19h55)
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