VIDA URBANA
Servidores da UEPB mantêm greve apesar da promessa de pagamento
Técnicos-administrativos devem ficar em greve até que a reitora Marlene Alves entregue um documento com a proposta feita na última sexta-feira pelo governo.
Publicado em 09/05/2011 às 15:07
Da Redação
Apesar de o Governo do Estado já ter se comprometido em pagar as dívidas da gestão anterior com os servidores da Universidade Estadual da Paraíba e repassar o dinheiro integralmente, o Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Superior da Paraíba da UEPB (Sintespb/UEPB) decidiu, em assembleia na Faculdade de Administração, no Centro de Campina Grande, nesta segunda-feira (9) manter a greve até pelo menos a próxima sexta.
A decisão ainda não abrange os professores, que vão fazer uma reunião nesta terça com a mesma pauta. Os técnicos-administrativos da instituição decidiram continuar a paralisação devido a problemas internos com a reitora Marlene Alves.
A categoria aceitou a proposta feita pela reitora, na última sexta, de, ao invés de receber aumento, receber bolsas que complementem a remuneração, como auxílio-alimentação e bolsa-creche. Porém, reivindicam que a proposta seja entregue em um documento oficial e não apenas “de boca”. Também é pedido que sejam dados benefícios aos aposentados, já que as bolsas só contemplam os funcionários ativos.
O presidente do Sintespb/UEPB, Serverino do Ramo, mais conhecido como Raminho, acredita que na próxima sexta a situação já esteja resolvida. Também na Faculdade de Administração, será realizada outra assembleia onde, caso o documento com a proposta chegue às mãos da categoria, a greve deve ser encerrada.
Contraponto
A reitora Marlene Alves disse ao Paraíba1 que os servidores entraram em greve antes que qualquer negociação fosse feita. Segundo ela, o Sintespb/UEPB reivindicava a autonomia, o que o Governo já garantiu, em um documento, que ia dar.
A reitora negou, ainda, que tenha feito qualquer proposta para a categoria. “Quando eu conversei com eles, não fiz nenhuma proposta, apenas comentei como foi a reunião com o governador”, disse Marlene.
Ela informou que ainda não recebeu nenhuma pauta com a decisão desta assembleia. “Para mim, esta é outra greve. O final de uma negociação é a greve e eu nunca vi ninguém começar pelo final”, afirmou.
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