Servidores da UEPB voltam ao trabalho após 78 dias de greve

Depois de 78 dias de paralisação, os servidores técnico- administrativos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) decidiram pôr um fim na greve ontem, durante uma assembleia realizada pela categoria. Apesar das reivindicações não terem sido atendidas, os funcionários preferiram não prejudicar ainda mais a comunidade acadêmica, incluindo os mais de 20 mil alunos da instituição. A principal reivindicação, um aumento salarial de 18,31%, só chegou a 5%, tanto para os técnicos, quanto para os professores da instituição.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior (Sintesp), Severino do Ramo, apesar da assembleia ter decidido, em sua maioria, pelo retorno ao trabalho, as reivindicações continuarão a ser cobradas.

“Foi uma decisão soberana, mas nós não vamos cruzar os braços. Essa decisão foi tomada de forma emergencial, principalmente pelo momento que a universidade está passando agora, na luta pela permanência de sua autonomia financeira”, explicou.

Uma das exigências dos funcionários, era um aumento salarial de mais de R$ 18%, que foi reduzido para R$ 11,34%, mas que por fim foi fechado em 5%.

O presidente informou ainda que dos 513 servidores espalhados em todos os campi da instituição, 70% deles estiveram paralisados, sendo realizadas apenas as atividades essenciais, como as de segurança e recursos humanos. “Os trabalhos estavam funcionando muito precariamente”, contou.

Ele explicou que outras reivindicações exigidas em pauta também não foram atendidas, como a capacitação dos servidores, que, segundo ele, deve ser oferecida gratuitamente pela UEPB; o “descongelamento” da insalubridade; além do respeito à lei de Autonomia Financeira da Instituição, por parte do governo estadual. “A lei não está sendo cumprida desde que o governo limitou os recursos à universidade.