VIDA URBANA
Servidores da UFCG entram em greve
Servidores técnico-administrativos decidiram pela greve após assembleia geral; aproximadamente 1.600 servidores devem parar.
Publicado em 28/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 15:07
Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) irão paralisar as atividades por tempo indeterminado na próxima segunda-feira. A categoria decidiu pela greve após assembleia geral realizada na última quarta-feira, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba da UFCG (Sintespb/UFCG), localizado no Campus I, no bairro Bodocongó.
Mais de 18,5 mil estudantes distribuídos entre os sete campi da instituição serão prejudicados.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da UFCG (Sintesuf/UFCG), João Luís dos Santos, são aproximadamente 1.600 servidores em todos os campi da universidade e a grande maioria deve parar as atividades a partir de segunda.
“A categoria irá respeitar e manter o mínimo de 30% das atividades essenciais funcionando, mas a greve atinge toda a UFCG. São 300 servidores lotados no Hospital Universitário Alcides Carneiro e a grande maioria para a partir de segunda. Na próxima terça-feira, uma reunião decidirá como ficará o atendimento na unidade”, explicou.
O presidente do Sintespb/UFCG, Maelson Alves, enfatizou que a pauta de reivindicações dos trabalhadores é nacional e servidores de 32 universidades já estão em greve.
“O aprimoramento funcional é uma das principais reivindicações, a ascensão da carreira, além da luta pela paridade. A gente não tem democracia na escolha para as câmaras da universidade ou para os dirigentes máximos, o funcionário tem o peso de 15%, o estudante também de 15% e os professores tem 70%.
Também vamos lutar contra a criminalização do movimento e a perseguição dos servidores em greve”, destacou.
A reitoria da UFCG divulgou, através da assessoria de imprensa, que os serviços essenciais, como o próprio atendimento no HU, não serão interrompidos. A assembleia dos servidores do hospital está marcada para a próxima terça-feira, a partir de 9h, no auditório da unidade hospitalar.
PROFESSORES APROVAM O INDICATIVO
Durante assembleia realizada ontem pela manhã na Associação dos Docentes da UFCG (AdufCG), os professores aprovaram o indicativo de greve, mas ainda sem data definida. Durante o final de semana, representantes da categoria participarão de uma reunião em Brasília, na sede do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
“Após esta reunião é que serão definidos os rumos do movimento. Vai depender da própria postura do governo, que recebeu a direção nacional no MEC e marcou uma audiência para o dia 10 de abril, e de como a gente consegue unificar com os demais setores do serviço público federal, porque existe uma campanha salarial unificada este ano”, esclareceu o professor José Irelanio Ataíde, presidente da Adufcg.
Segundo o professor, a principal reivindicação dos docentes é a luta pela data-base dos trabalhadores.
“A pauta inclui ainda a política salarial permanente com a reposição das perdas, ajuste de benefício, antecipação da parcela de 2015 para este ano, do reajuste salarial concedido pelo governo em 2012 e dividido em três partes, a luta pela paridade e integralidade entre ativos, aposentados e pensionistas e a retirada de medidas que retiram direitos de trabalhadores e restringem o direito de greve, iniciativa hoje no congresso em decorrência da lei geral da Copa e das manifestações do ano passado”, completou.
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