VIDA URBANA
Servidores e professores federais param amanhã
Servidores dos sete campi da UFCG, dos quatro da UFPB e do IFPB cruzam os braços nesta quarta- feira (25) reivindicando reajuste salarial.
Publicado em 24/04/2012 às 6:30
O dia de amanhã será de paralisação e manifestação para os servidores federais e professores da Educação superior na Paraíba. Os servidores dos sete campi da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), além dos quatro da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) vão cruzar os braços para reforçar o grito pela reivindicação de reajuste salarial. Mais de 32 mil alunos ficam sem aulas nas três instituições de ensino.
Após dois anos sem verem crescer seus vencimentos, os 1.540 servidores da Universidade Federal de Campina Grande, 140 do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba e 4 mil da Universidade Federal da Paraíba esperam que seja apresentada até o próximo dia 31 de agosto a implementação para que o orçamento de 2013 contemple as categorias. Além deles, cerca de 2,5 mil professores das três instituições também deverão aderir ao movimento.
“Além dessa paralisação de quarta-feira (amanhã), ainda temos mais duas nos dias 9 e 10 de maio, porque desde o último dia 15 desse mês nós estamos em estado de greve. Isso significa que a qualquer momento podemos deflagrar mais uma greve, desde que não tenhamos nenhuma resposta do Governo Federal”, explicou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba, em Campina Grande, Maelson Alves.
Já Rômulo Xavier, que representa os servidores da Universidade Federal da Paraíba, disse que o que as categorias estão reivindicando é que seja respeitado o aumento que foi dado ao salário mínimo.
“O salário mínimo subiu 22%, então queremos que seja mantido esse reajuste, porque estamos há dois anos sem ter aumento de salário, e nem o nosso Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) sofreu aperfeiçoamento. São questões que precisam ser discutidas para que não fiquemos mais um ano apenas nas promessas”, disse Rômulo Xavier. Na unidade de ensino da capital, a concentração para a manifestação dos servidores será em frente ao Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), às 8h.
Já em Campina Grande, também no horário da manhã, os trabalhadores vão se concentrar na entrada da universidade e sairão em caminhada até o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), onde vão promover um café da manhã seguindo a pauta de reivindicações e cobrando investimento na unidade hospitalar para que seja evitada a privatização.
O assessor de comunicação da UFPB, Eduardo Teixeira, informou que a paralisação é um direito dos funcionários e que só será possível avaliar os prejuízos causados com o término da mobilização.
O pró-reitor de ensino e graduação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), professor Vicemário Simões, informou que a instituição não poderá repor as aulas perdidas com a paralisação. No entanto, segundo ele, muitos professores poderão não aderir ao movimento. “É algo que não há o que fazer. Não tem como repor. Há de fato um prejuízo para parte dos estudantes. Mas acredito que não será tão significativo”, frisou.
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