VIDA URBANA
Servidores protestam em CG
Cerimônia dos 100 dias de gestão do prefeito Romero Rodrigues é marcada por protestos de servidores; gestor chamou grevistas de intransigentes.
Publicado em 11/04/2013 às 6:00
Um grupo de professores e servidores vinculados ao Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab) realizou um protesto durante a cerimônia alusiva aos 100 dias de gestão do prefeito Romero Rodrigues, que aconteceu na manhã de ontem, na avenida Giló Guedes, em Campina Grande. Os servidores pediram reajustes salariais.
Por volta das 10h, o grupo se concentrou no local, que seria o marco das atividades programadas pela Prefeitura para celebrar 100 dias de governo. Eles colocaram narizes de palhaço e fizeram um “apitaço” durante a solenidade. Em momento mais acalorado, o prefeito e o assessor de política sindical do Sintab, Sizenando Leal, discutiram sobre as reivindicações da categoria. Romero disse para o sindicalista que a greve era um gesto de intransigência e o sindicalista retrucou dizendo que o prefeito deveria parar de afirmar que paga mais do que manda a lei.
Segundo o prefeito Romero, “é uma incompreensão por parte dos servidores manter a greve, porque a Prefeitura concedeu 10% de reajuste em fevereiro retroativo a janeiro, anunciou o 14º salário para os professores que atingissem as metas de qualidade, mas o que aconteceu foi que as pessoas não compreenderam nosso gesto inicial de conceder um reajuste maior do que o governo federal concedeu”.
O chefe do Executivo Municipal apelou para o fim da greve. “Apelo para uma reflexão em nome das crianças de Campina Grande que estão fora da sala de aula e das creches. Eu já disse que em agosto a gente senta para fazer uma proposta dentro do que é possível. Não pretendo recorrer à Justiça para solicitar a ilegalidade da greve, mas me parece um tanto de intransigência continuar com as atividades paradas. A greve não é maciça. São 120 escolas na cidade e dez em greve, mas prejudica os alunos dessas escolas que estão em greve e é isso que nós não podemos admitir”, disse Romero.
De acordo com o presidente do Sintab, Napoleão Maracajá, os professores querem o pagamento do piso nacional do magistério com valor proporcional ao expediente de 30 horas semanais. “O prefeito assinou um documento se comprometendo a pagar, a partir de janeiro, o piso proporcional a 30 horas, o que corresponde a um aumento de 18% do valor atual, onde os professores recebem R$ 998”, disse ele. Já os técnicos administrativos querem receber uma gratificação de 10% sobre o valor de R$ 720, por estarem trabalhando em contato com substâncias insalubres.
De acordo com o professor Franklin Barbosa, o prefeito não apresentou nenhuma proposta concreta. “O prefeito disse que iria tomar alguma providência a partir do mês de agosto. Mas não garantiu que irá atender nosso pedido da proporcionalidade com as 30 horas. Ele falou que iriam fazer um reajuste que seria pago em parcelas e a categoria não aceitou. Queremos uma garantia”, disse o professor.
ÚLTIMA ASSEMBLEIA
Na última segunda feira, a categoria decidiu em assembleia realizada no auditório da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), que iria continuar com a greve iniciada no dia 18 de março. Durante a assembleia, a categoria ainda cogitou a possibilidade de voltar ao trabalhos cumprindo apenas 20 horas de jornada semanal, que seria o correspondente ao que eles recebem atualmente.
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