Servidores públicos estaduais protestam no Palácio da Redenção

Servidores técnicos-administrativos, policiais civis, fiscais da receita e representantes do sistema educacional da Paraíba realizaram o enterro simbólico dos serviços de saúde, educação e segurança prestados pelo Governo do Estado à população. O manifesto ocorreu ontem pela manhã em frente ao Palácio da Redenção, no Centro de João Pessoa.

Os manifestantes estavam com narizes de palhaço, cartazes e instrumentos musicais, num ato pacífico que começou às 9h e terminou às 12h. Durante todo o protesto, eles fizeram um abaixo-assinado com uma nota de repúdio contra o reajuste salarial de 1% dado pelo governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, no dia 25 de janeiro.

Conforme o técnico-administrativo organizador do ato, Nataluan Carvalho, houve desvalorização da carreira. “Quando pegamos nosso contracheque em janeiro, vimos o aumento de 1%, ou R$ 7,78, e a surpresa de retirarem nosso vale-alimentação, de R$ 60.

Nós ficamos com um saldo negativo de R$ 52. O que recebemos agora é R$ 701,23, abaixo do salário mínimo de R$ 788”, revelou Carvalho. O servidor comentou ainda que na época do concurso, em 2013, o salário estava 20% acima do salário mínimo nacional.

O técnico-administrativo Inácio Luiz acrescentou ainda que houve desvio de funções dos técnicos. “Alguns técnicos da área de educação trabalham como inspetores, auxiliares de serviços gerais e até dando aula. Fomos contratados para fazer um trabalho burocrático, em resumos, mas acabamos sofrendo esses desvios de função”, afirmou.

Segundo o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado da Paraíba (Sindifisco-PB), Vitor Hugo, que também organizou o protesto, os servidores do Estado estão buscando negociação com o governador para revisar o aumento salarial. “A folha de pagamento só vem aumentando, mas os salários dos servidores não aumentam, e a gente quer saber o que está acontecendo. Dinheiro tem e muito”, apontou. De acordo com ele, este é o segundo ato realizado pelos servidores.

O JORNAL DA PARAÍBA tentou contato com a Secretaria de Administração do Estado sobre as queixas dos servidores, mas não obteve resposta.