VIDA URBANA
Servidores técnico-administrativos federais vão parar na próxima terça
Funcionários da UFPB, UFCG e IFPB vão aderir ao movimento, que faz parte da Campanha Salarial 2015.
Publicado em 03/04/2015 às 7:00
Os servidores técnico-administrativos das instituições federais na Paraíba vão paralisar as atividades na próxima terça-feira, dia em que será iniciada em Brasília, através da Jornada Nacional de Luta, a Campanha Salarial 2015 dos servidores federais.
Vão aderir à paralisação de terça-feira os servidores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e do campus do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) em Campina Grande. No caso das duas universidades, a paralisação se estenderá até a quinta-feira, e o expediente só será normalizado na manhã de sexta.
Já em relação aos professores, só vão aderir à paralisação os docentes do IFPB/CG. “Tanto os professores quanto os técnicos do campus de João Pessoa só vão decidir se vão aderir ou não à paralisação de terça-feira em uma assembleia que será realizada na segunda. Os demais campi também estão decidindo se vão aderir ou não, com exceção do de Sousa, onde a paralisação ocorrerá na quarta-feira”, explicou Davi Lobão, coordenador da sessão Campina Grande do Sindicato Nacional dos Servidores Federais de Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
Ele informou ainda que na terça-feira de manhã o sindicato vai promover um café da manhã no campus de Campina Grande para apresentar os detalhes da campanha salarial 2015.
Por sua vez, o presidente do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (Adufpb), Jaldes Meneses, disse que, apesar de não paralisarem as atividades, os professores vão participar de assembleias locais para discutir a campanha salarial e os problemas enfrentados pelas universidades públicas. “No dia 7 de abril serão realizadas assembleias no campus de Bananeiras, durante a manhã, e Areia, no turno da tarde. Já no dia 8, haverá uma assembleia geral às 9h, no auditório da reitoria”, explicou.
No caso dos professores da UFCG, o presidente da Associação dos Docentes (Adufcg), José Irelânio, disse que, por conta do recesso de final de período, não houve tempo para realizar assembleia com a categoria e votar a adesão à paralisação. “Não vamos paralisar, mas vamos participar do café da manhã no IFPB e de outras atividades de mobilização entre os dias 7 e 9, durante a Jornada Nacional de Luta”, salientou.
Pauta unificada
Este ano, a pauta de reivindicações dos servidores federais, que foi entregue ao Ministério do Planejamento no mês de fevereiro, reivindica 27,3% de reajuste, fixação da data-base no dia 1º de maio, paridade salarial entre ativos e aposentados, dentre outros itens.
Serviços terceirizados na UFPB
A reitora da UFPB, Margareth Diniz, explicou que muitos dos serviços são terceirizados e, por isso, serão mantidos, e que a Reitoria apoia o movimento. “A paralisação é de nível nacional e iremos acompanhar e apoiar no que pudermos, pois esse é um direito dos servidores. Acredito que os prejuízos serão mínimos, já que são apenas três dias e muitos dos nossos serviços são terceirizados”, afirmou. Devido a essa terceirização, funcionários da vigilância, da limpeza e do restaurante universitário, por exemplo, continuarão trabalhando normalmente.
UFCG não foi comunicada
Já o reitor da UFCG, Edilson Amorim, explicou que ainda não foi comunicado sobre a paralisação, mas que, mesmo com o recesso, pedirá aos servidores que mantenham os serviços essenciais. “Ainda não houve diálogo entre reitoria e sindicato, mas entendo que essa é uma causa justa. Devido ao recesso, felizmente, os prejuízos serão mínimos, já que o restaurante universitário e muitos dos demais serviços estão sem funcionar”, concluiu.
IFPB vai negociar reposição
O diretor de Ensino do IFPB/CG, Wanderberg Bismarck, explicou que a instituição sempre deixa livre aos professores, em situações como essa, a escolha de dar aula ou não. “Como os laboratórios e outras salas de estudo ficam sem técnicos para operá-las, alguns professores não querem dar aula, e não podemos obrigá-los. No entanto, se isso acontecer, será negociada a reposição dessas aulas, para que não haja perda para os alunos”, salientou.
Comentários