VIDA URBANA
Shopping Popular de Campina Grande deve funcionar só um horário
Prefeitura Municipal apresentou uma proposta funcionamento das 8h às 13h e reforma do prédio à tarde.
Publicado em 28/01/2016 às 8:00
Um ofício detalhando a proposta para a reforma do Shopping Popular Edson Diniz, interditado na última terça-feira, já foi enviado ao Corpo de Bombeiros pela Prefeitura de Campina Grande e a resposta deve sair hoje. Segundo o secretário de Obras da cidade, André Agra, a proposta é viabilizar os serviços necessários, porém mantendo em funcionamento o Shopping Popular. “O que a prefeitura está querendo fazer é limitar o funcionamento do shopping das 8h às 13h, com controle e fiscalização. A partir da tarde, o prédio ficaria fechado para os serviços de reforma”, explicou Agra.
A empresa se propõe a realizar os serviços até no feriado de Carnaval para adiantar o tempo de conclusão. Serão executados a substituição integral da fiação elétrica, da caixa de força e do transformador, além da colocação de iluminação de Led em todo o shopping.
O secretário fez questão de salientar que a prefeitura está se propondo a realizar o serviço por uma questão de importância social, de forma a não prejudicar os comerciantes, mas que a responsabilidade da manutenção do local é da administração do prédio.
Conforme o capitão Marcone Ozório, da Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) do Corpo de Bombeiros, a possibilidade de liberação do shopping será analisada conforme sejam atendidas as exigências feitas pelo órgão para a regularização do local.
Enquanto isso, de forma improvisada e aglomerada, os comerciantes do Shopping Popular continuam nas calçadas em frente ao prédio e se esforçam para driblar toda a sorte de intempéries e conseguir vender o mínimo de mercadorias que os ajudem a garantir o sustento da família e o pagamento das dívidas. Entretanto, além desses problemas, os comerciantes também estão impedidos de retirar as mercadorias e produtos das lojas que ficam no interior do local, o que tem dificultado ainda mais a situação desses vendedores.
O comerciante Gildenberg da Silva Almeida, 34 anos, que possui uma loja de conserto de celulares no Edson Diniz reclama da situação e afirma até que está sendo cobrado pelos clientes. “Disseram que ia interditar de noite e no outro dia já estava fechado, não deu nem tempo de retirar as coisas da gente das lojas. O maior problema é esse. Tem produto de cliente que eles vêm buscar e tá 'preso' lá dentro. A gente vai fazer o quê? Os produtos que tenho aqui são os que eu já possuía em casa, e tenho que trabalhar pra garantir o sustento da minha família”, comentou Gildenberg.
O presidente da Associação dos Lojistas do Shopping Edson Diniz, Jobson Alves, informou que já enviou ofício ao Corpo de Bombeiros, solicitando a liberação do local para que os comerciantes possam entrar para retirar as mercadorias e produtos que ficaram no interior das lojas e agora aguarda a liberação por parte do órgão. “Já fiz a solicitação quanto a isso e outras coisas, nem a administração está podendo entrar no prédio. Espero agora a resposta deles”, informou. (Colaborou Max Silva)
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