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VIDA URBANA

Shoppings têm problemas

Fiação exposta, goteiras e esgotos entupidos fazem parte da realidade de trabalhadores e usuários dos Shoppings populares da capital.

Publicado em 25/08/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 16:20

Os shoppings populares de João Pessoa foram construídos com o objetivo de desobstruir as calçadas do Centro e ordenar o comércio ambulante da capital. A ideia era oferecer segurança e organização, mas a verdade é que esses locais enfrentam sérios problemas estruturais, que dificultam a vida tanto de quem trabalha como de quem frequenta. A lista de reclamações de comerciantes e consumidores vai desde galerias entupidas a riscos de choque elétrico. Os shoppings populares da capital têm, ao todo, 1.593 boxes, sendo que muitos já foram desocupados por conta dos problemas.

No Centro Comercial de Passagem (CCP), localizado no Parque Solon de Lucena (Lagoa), inaugurado em 2006, os comerciantes reclamam da estrutura vulnerável do local. Quando chove, muitos boxes ficam fechados porque não há condições de trabalhar. A limpeza dos banheiros é inadequada e a cozinha, usada por todos os comerciantes da praça de alimentação, é muito pequena para atender à demanda. Os ambulantes reclamam também da falta de água, problema que ocorre diariamente e prejudica a limpeza dos boxes e a preparação de alimentos.

Sebastião Gomes, conhecido no CCP como Bigode, disse que só usa o banheiro do local porque não tem outra alternativa. “É muita sujeira. A limpeza é insuficiente”, declarou. Ele se queixou também dos entulhos acumulados próximos à cozinha do CCP.

“É muita bagunça. Aqui parece até que está abandonado”, disse. Apesar dos problemas elencados por ele, o ambulante revelou que a situação atual é bem melhor do que os tempos que ele comercializava nas ruas da capital. “Aqui estamos, pelo menos, protegidos da chuva e do sol”, afirmou.

Amanda Dias, que há quatro anos comercializa produtos eletrônicos no local, reclamou da estrutura do CCP, classificada como frágil por ela. “Infelizmente sofremos com o descaso da prefeitura. Eles acham que camelô não merece respeito. O CCP está abandonado. Só temos promessas”, declarou. Amanda também se mostrou insatisfeita por conta da falta de água diária. “Sem água, muitos comerciantes não podem preparar os alimentos nem fazer a limpeza dos boxes”, afirmou.

A assessoria de imprensa da Cagepa informou que desconhece o problema de falta de água diária. A Companhia se comprometeu em enviar uma equipe para verificar a reclamação e saber se o caso é de responsabilidade da empresa ou de competência da administração do CCP.

Cansado de esperar a reforma, o comerciante João Liberato decidiu agir por conta própria. Há um ano e meio desembolsou R$ 1,8 mil para reformar o boxe, no qual vende de ferramentas a guarda-chuva. “Resolvi investir no meu boxe, mas não me arrependo", frisou. Segundo Liberato, o valor médio de um boxe no CCP é de R$30 mil.

Em toda a extensão do shopping é possível encontrar gambiarra de energia elétrica, o que aumenta o risco de choque. A ligação irregular, conhecida como 'gato', é assunto que ninguém comenta. Segundo a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), um comunicado oficial foi enviado à Energisa para que a situação seja resolvida, com a individualização da conta de energia dos boxes.

O coordenador do Departamento de Medição e Combate às Perdas da Energisa, Felipe Costa, disse que vai enviar um fiscal para fazer uma pré-inspeção no local. Caso seja detectada a possibilidade de 'gato', uma equipe de inspeção visitará o local e abrirá uma ocorrência oficial para que a situação seja regularizada.

Reforma do CCP no próximo ano. O diretor de Serviços Urbanos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Flávio Monteiro, disse que a reforma do CCP deve ser finalmente executada no próximo ano. Uma pendência judicial impede a Prefeitura de João Pessoa (PMJP) de realizar obras no local. Segundo ele, o antigo proprietário da área briga na Justiça pela retomada de posse, mas um acordo está sendo firmado. “Em breve resolveremos isso e no próximo ano vamos iniciar a reforma”, afirmou.

Monteiro tranquilizou os comerciantes do CCP ao afirmar que, caso a prefeitura venha a perder o terreno, outro shopping popular será construído no centro. O CCP foi inaugurado em 2006 em caráter provisório. Desde então foi anunciada a reforma, que até agora não tem data para ser iniciada. No final de 2010, o então prefeito Luciano Agra voltou a falar da reforma, inicialmente prometida por Ricardo Coutinho (PSB), quando prefeito. Em junho do ano passado foi assinada a autorização para abertura de licitação para a reforma do espaço. O nome do local vai mudar para Galeria Comercial de Passagem (GCP).

Segundo o diretor da Sedurb, com a reforma, o CCP vai passar a ter 3.314 m². Serão 155 boxes no térreo; 112 no primeiro pavimento, que vai contar também com um Centro de Inclusão Digital; e praça de alimentação no segundo pavimento. Por enquanto a reforma do local está descartada, o que desagrada comerciantes e clientes. “É preciso fazer uma reforma urgente”, declarou a vendedora Luciana Costa.

BOMBEIROS FAZEM VISTORIA NOS SHOPPINGS

O Corpo de Bombeiros informou que já realizou vistorias no 4&400 e no Centro Comercial de Passagem (CCP) há cerca de um ano.

Algumas irregularidades foram verificadas, como ambulantes que ultrapassam os limites dos boxes e invadem os corredores. Isso implica risco, no caso de um incêndio, por exemplo, porque dificultaria a saída das pessoas. Nos demais shoppings populares de João Pessoa não houve vistorias recentes. Por conta disso, os Bombeiros devem iniciar, em breve, uma ação de fiscalização nesses locais.

A informação recebida é que, se alguma das irregularidades já apontadas em vistorias anteriores realizadas pelo Corpo de Bombeiros ainda persistirem, é possível que haja interdição, considerada medida extrema pelo órgão.

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Jornal da Paraíba

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