VIDA URBANA
Sincretismo é comum na Paraíba
Segundo membro de comitê da diversidade religiosa, casamento entre pessoas de religiões diferentes é comum no estado.
Publicado em 04/12/2011 às 8:00
O professor Carlos André Cavalcanti, do Curso de Ciências das Religiões da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), é membro do Comitê Nacional de Diversidade Religiosa, criado pela Presidência da República e Secretaria de Direitos Humanos. Ele explica que histórias como a de Marinalva e 'Zé Macumbeiro' são mais comuns que a maioria das pessoas imagina.
Já Lindolfo Euqueres, pesquisador de Ciências das Religiões, destaca que as religiões, embora sejam distintas, possuem determinados valores em comum. São esses valores, segundo o estudioso, que possibilitam o sincretismo. “As religiões, cada uma ao seu modo, buscam a paz, a solidariedade, a justiça e o amor ao próximo. Por esse motivo, é possível manter essa mistura entre elas”, analisa.
Lindolfo destaca que, no Brasil, o sincretismo ocorre com santos da igreja católica e com os orixás africanos. Quando chegaram ao Brasil, os escravos não conheciam a religião católica e passaram a cultuar seus deuses africanos. Na época, não havia liberdade de culto. Os escravos disfarçavam as imagens das divindades africanas com santos da Igreja Católica.
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