Sindicalista diz que presos enviam bilhete

Além dos indícios da presença do PCC (Primeiro Comando da Capital) em João Pessoa, os agentes penitenciários ainda enfrentam as ameaças constantes de morte feitas por detentos e até por familiares.

“Esposas de presos fazem fotos da gente com celulares e não dizem nem ao menos qual é a finalidade dessas fotos. Temos companheiros aqui que já receberam bilhetes, enviados por detentos, fazendo ameaças e informando até que os presos sabem onde os agentes moram”, conta o sindicalista José de Paulo.

Para ela, a situação de insegurança ainda piora em virtude de normas legais. Ele explica que um agente possui porte de arma, por causa do trabalho, mas são poucos aqueles que podem sair às ruas armados. “Edilson, por exemplo, estava desarmado e não teve chance de defesa. O custo para registrar uma arma é muito alto e os agentes acabam não tendo condições de arcar com isso. Por isso, se sujeitam a andar nas ruas sem proteção, mesmo após receber ameaças”, lamenta.

“Precisamos que sejam adotadas providências, para evitar o que aconteceu em 2008, quando houve uma série de quase seis mortes de agentes e até de diretores de presídios. Os assassinatos ocorreram na mesma época em que acontecia uma onda de mortes de policiais em São Paulo”, destaca o presidente do Sindicato.