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VIDA URBANA

Sindicato confirma casos de violência

Diretor do sindicato da categoria (Sintep-PB), Carlos Belarmino, reforça a cobrança das ações voltadas para a segurança pública.

Publicado em 11/05/2014 às 8:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 13:00

“Eles dizem que quem lidera no bairro e nessa escola é o grupo dos 'EUA' (Estados Unidos) e já me falaram que se vier um aluno da 'Okaida' para escola, aqui ele não entra e não pode estudar”. A declaração é de uma professora que leciona em uma escola localizada no bairro Funcionários III, em João Pessoa. A educadora revela que a maioria dos alunos que se diz pertencer ao grupo criminoso faz uso de drogas dentro da escola e está envolvida com o tráfico.

“A gente percebe eles trocando pacotinhos dentro da sala, saindo frequentemente para fora da escola, onde também ficam rapazes que não são do colégio. Eles colocam nas provas e nos cadernos a sigla 'EUA' e desenham armas. Talvez, por fazerem parte de um mesmo grupo, não há rivalidade entre eles. Mas, se vier pessoas que eles sabem que são do grupo rival tem briga, porque não existe diálogo”, lamentou a educadora.

A realidade vivenciada diariamente pela professora já é de conhecimento do Sindicato dos Professores do Município de João Pessoa (Sintem-JP). Segundo os relatos recebidos pelo presidente da entidade, Daniel de Assis, a situação de conflitos entre os estudantes ocorre com mais frequência nas escolas instaladas próximo a comunidades e áreas da periferia da capital. Ele revela que “os alunos são impedidos de ir para a escola porque ocorre uma disputa entre as facções na região onde eles moram”.

“Em algumas escolas os alunos e professores são liberados mais cedo para a própria segurança deles. Acontecem casos de um aluno espancar outro, como também de aluno espancar professor”, revela. Ainda segundo Daniel de Assis, o sindicato solicitou a implantação de câmeras de segurança em determinadas escolas da cidade e reivindica a volta da Patrulha Escolar, que eram equipes de policiais exclusivos para fazer rondas próximas às escolas.

Representante dos professores da rede pública estadual, o diretor do sindicato da categoria (Sintep-PB), Carlos Belarmino, reforça a cobrança das ações voltadas para a segurança pública. Segundo ele, a violência entre os alunos envolvidos com grupos criminosos amedronta também os professores que trabalham nas escolas públicas localizadas da Região Metropolitana, como nos municípios de Santa Rita e Bayeux.

“Nós sabemos que existe essa situação de violência nas escolas e cobramos o retorno da Patrulha Escolar. Quem trabalha durante a noite, em Tibiri (Santa Rita) ou no Alto do Mateus, por exemplo, corre riscos. A escola não está blindada contra o tráfico. O que aconteceu na escola Alice Carneiro, em Manaíra, é um exemplo disso. Enquanto não houver segurança pública, a violência externa vai chegar à escola”, lamentou o docente.

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Jornal da Paraíba

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