Sindsaúde anuncia protesto na Câmara e estuda entrar em greve

Um protesto realizado por profissionais da saúde da capital está programado para às 9h desta quarta-feira (23) na Câmara Municipal de João Pessoa. A estimativa é de que mais de 200 manifestantes participem do ato, conforme a presidente do Trabalhadores Públicos em Saúde no Estado do Paraíba (Sindsaúde), Wanda Celi.

Ainda conforme Wanda, o protesto acontece em decorrência de uma suposta recusa do secretário de saúde de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio, em assinar a ata de uma sessão realizada na manhã da última segunda (21) para acertar as negociações de reivindicações feitas pela categoria.

Wanda afirmou que os principais itens que teriam sido acordados com o secretário foram o pagamento da Gratificação de Desempenho de Produção (GDP) durante as férias, o vencimento base (salário mínimo) - que não vem sendo recebido -, e o pagamento de retroativos referentes de janeiro a março.

"Essas reivindicações foram atendidas pelo secretário em reunião. A ata foi feita com todos os itens. Ele se comprometeu conosco e isso seria decidido em assembleia geral. Mas quando fui hoje levar [o documento] para ele assinar, ele não assinou, simplesmente sumiu", relatou Wanda.

A presidente do Sindsaúde disse que a reunião entre o sindicato e Adalberto Fulgêncio teria durado pouco mais de quatro horas. De acordo com ela, a pauta negociada seria levada para a Câmara, para ser votada em assembleia nesta terça-feira (22).

Acampamento na Câmara
Além de realizarem protesto, alguns profissionais vão acampar na Câmara até que o prefeito negocie com a categoria. "Vamos para a Câmara, solicitar o apoio de todos os vereadores e, principalmente, acampar por lá até que o prefeito Luciano Cartaxo nos atenda", disse Wanda Celi.

"Não queremos mais negociação nenhuma com o secretário Adalberto Fulgêncio, porque ele não cumpriu nada que assumiu conosco. A partir de agora, só negociamos com o prefeito", acrescentou.

O indicativo de greve da categoria será decidido em uma assembleia nesta quarta e, caso aprovado, deverá começar no próximo dia 29. "Temos que buscar nossos direitos, pois a partir do dia 30 não pode acontecer reajustes salariais", ressaltou Wanda.

O secretário Adalberto Fulgêncio foi procurado pela reportagem do JORNAL DA PARAÍBA para comentar as reclamações do Sindisaúde, mas até às 16h desta tarde não havia atendido às ligações.