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VIDA URBANA

Sintomas alertam para começar tratamento

Agressividade, insônia e irritabilidade aparecem em quem já desenvolveu o transtorno.

Publicado em 31/08/2014 às 8:00 | Atualizado em 11/03/2024 às 15:47

A estudante Maria Carolina Barbosa, 18 anos, foi assaltada oito vezes em diferentes bairros de João Pessoa. Foram oito celulares roubados e oito momentos que ela disse serem difíceis de esquecer. “Eu me tornei uma pessoa assustada, com medo de sair de casa. Acabei me isolando e até me tornando uma pessoa chata, que incomoda os demais. A todo tempo acho que vou ser novamente assaltada”, declarou. Segundo Carolina, as lembranças dos momentos vividos diante de ladrões a deixam atormentada. O último assalto ocorreu há 2 meses, no bairro dos Bancários.

O que a estudante relatou faz parte dos sintomas do TEPT, segundo explicou a psicóloga Rafaela Ferreira. “Os sintomas podem se manifestar em pessoas de qualquer idade e podem levar uma semana ou até ano para ocorrer. Eles precisam ter relação direta ao evento estressante. As imagens e recordações têm que ser a respeito do ocorrido e não sobre outros fatos quaisquer, ainda que ameaçadores”, afirmou.

Reviver o trauma em pesadelos, sentimentos ou pensamentos incontroláveis é um dos sintomas mais claros do transtorno. “As pessoas sentem como se o evento fosse acontecer novamente e, algumas vezes, se comportam como se estivesse de fato revivendo. Esses fenômenos são dolorosos e tentam se tornar conscientes e dominar a atenção da pessoa, ou seja, são recordações intrusivas”, pontuou. Um exemplo disso é quando o indivíduo está assistindo televisão, tentando permanecer tranquilo, e aparece em seu pensamento a imagem do rosto do assaltante, o que lhe faz reviver o trauma.

Com Carolina as coisas aconteceram exatamente do jeito que a psicóloga explicou. “Um dia eu estava no restaurante com a família, comemorando o aniversário de um primo, quando de repente me veio a imagem do ladrão do último roubo. Minha reação foi chorar, naquele momento a festa acabou para mim e as pessoas ficaram sem entender”, afirmou a estudante.

Segundo a psicóloga, “algumas vezes uma tentativa desesperada de evitar contato com qualquer estímulo que lembre o trauma. Assim, a pessoa evita falar, pensar ou ir a locais associados ao evento traumático”. O que pode acontecer também é a amnésia psicogênica, quando o indivíduo não se recorda do fato traumático em si, mesmo tendo passado por ele. Para aliviar o sofrimento psíquico, há quem recorra ao uso de drogas, de acordo com Rafaela.

Até coisas que antes eram prazerosas, depois do trauma, podem ser vistas com aversão. O objetivo disso nada mais é que anestesiar as lembranças dolorosas. Porém, as emoções positivas podem ser também afetadas, o que vai comprometer a vida pessoal e social do indivíduo. Outros sintomas do transtorno são irritabilidade, insônia e estados de alerta constante. “Assim estímulos mínimos podem fazer com que o coração dispare, a respiração acelere. Pessoas que antes eram calmas podem tornar-se irritadas e agressivas facilmente”, comentou a psicóloga. Para se fazer o diagnóstico, é preciso que os sintomas estejam presentes por no mínimo um mês.

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Jornal da Paraíba

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