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VIDA URBANA

Sobe nível de 12 reservatórios

Aesa deve finalizar hoje o levantamento sobre a recarga ocorrida entre seguna e terça-feira.

Publicado em 19/02/2014 às 8:00 | Atualizado em 06/07/2023 às 12:32

Apesar dos prejuízos, as fortes chuvas que caíram no Estado também tiveram um lado positivo, que foi o acúmulo de água em açudes do Estado. A Aesa deve finalizar hoje o levantamento sobre a recarga ocorrida entre a segunda e a terça-feira. Apesar disso, segundo o gerente de Monitoramento de Bacias Hidrográficas da agência, Lucílio Vieira, um levantamento preliminar aponta que houve recarga em 12 dos 121 açudes monitorados na Paraíba.

A maior delas, em princípio, ocorreu no Açude Epitácio Pessoa/Boqueirão, que abastece Campina Grande. Segundo Lucílio, a estimativa é que entre esses dois dias a recarga no reservatório foi de 5 centímetros, quantidade suficiente para abastecer Campina Grande por um período entre quatro e cinco dias. “Além disso, sabemos que os açudes de Gurjão e Serra Branca, o de Poções, em Monteiro e o Mucutu, em Juazeirinho, também sofreram recarga. Muitos pequenos reservatórios e riachos particulares também encheram”, disse.

De acordo com o gerente do Dnocs em Boqueirão, Everaldo Jacobino de Moura, as chuvas que atingiram o município encheram pequenos riachos e córregos que fazem parte da bacia hidrográfica de Boqueirão e esta água chegou até o manancial. O açude está com 34,5% da capacidade total.


Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Boqueirão, Orlando Emiliano Cosme, os agricultores já começaram a plantar. “Ano passado, a esta altura, nenhum agricultor tinha sequer esperança de plantar alguma coisa. Na realidade, quase nada se plantou durante todo ano de 2013. Eu mesmo que sou produtor, plantei pouca coisa em meados de junho e mesmo assim perdi quase toda a produção. Então, estas chuvas nos trazem muita esperança de que o inverno seja melhor”, falou. Conforme Orlando, as culturas que já estão sendo cultivadas são milho, feijão, fava e abóbora.

Chuvas mais fracas
Segundo a meteorologista da Aesa, Marle Bandeira, a chuva foi consequência de um fenômeno denominado vórtice ciclônico, que provoca alterações no tempo da região Nordeste e atua principalmente de dezembro a fevereiro.

“A localização dele contribuiu para a formação de áreas de instabilidades nas regiões central e leste do Estado. No domingo, a atuação do vórtice contribuiu para precipitações mais fortes no Sertão, já de ontem para hoje tivemos como foco o Agreste, Brejo, Cariri e Curimataú”, explicou ela, ao acrescentar que o fenômeno já estava enfraquecido. Em razão disso, a previsão para as próximas 24 horas é que, se ocorrerem, as chuvas cairão com menor intensidade nas regiões do Cariri, Curimataú, Agreste, Brejo e Litoral.

Sobre a chuva de granizo, Marle Bandeira explicou que o fenômeno ocorreu em virtude de uma mudança brusca na temperatura. “Como estava muito quente, quando a nuvem de tempestade se formou, de forma muito rápida, acabaram se formando os cristais de gelo”, acrescentou. (Déborah Souza)

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Jornal da Paraíba

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