STTP deve ampliar horários de ônibus urbanos

A dinâmica das grandes cidades tem sido cada vez mais alterada. O horário comercial já não mais disciplina os hábitos dos moradores. A noite e a madrugada, para muitos, se tornaram horários de trabalho. Para outros, momentos de se fazer as obrigações que, por conta das tarefa diárias, não são possíveis de ser realizadas em outros períodos do dia.

Atento a essa tendência, que se manifesta principalmente nas cidades com população superior a 300 mil habitantes, a Superintendência de Trânsito e transportes Públicos de Campina Grande (STTP) está realizando um estudo para verificar a viabilidade de se estender o horário de funcionamento dos ônibus no município.

Atualmente, os transportes coletivos 'rodam' das 5h às 23h.

Entretanto, há uma demanda de passageiros que precisam utilizá-los depois das 23h. Maria das Graças Araújo, 36, é funcionária de uma casa de espetáculos de Campina Grande.

Muitas vezes, ela acaba perdendo os ônibus que trafegam em direção ao bairro do Cinza, onde mora, devido à incompatibilidade de horário.

“Sempre que sou escalada para trabalhar à noite, é uma dificuldade. Os espetáculos terminam por volta das 22 horas, mas como tenho que organizar a limpeza antes de sair, muitas vezes perco os ônibus por questão de 10 minutos”, reclama. O comerciário Fernando Lima, 32, também acaba se prejudicando, pois no supermercado onde ele trabalha seu expediente vai até meia noite.

O superintende da STTP, Salomão Augusto, informou que o estudo que está sendo feito para avaliar a possibilidade de expansão do horário de funcionamento da frota deve ser concluído até janeiro. Ele disse que há possibilidade de algumas linhas, a exemplo das que cortam o bairro Catolé, serem estendidas até, pelo menos, meia noite. Ele diz que é inviável que as linhas funcionem 24 horas por dia, mas admite que é importante à extensão dos horários.

Ela pondera também que nem todas as linhas precisam ter seus horários estendidos. “Temos que avaliar as questões de segurança e econômica também. Sabemos que trafegar no horário da madrugada é um risco à segurança dos passageiros e da própria frota. Além do que, se não houver uma demanda suficiente, tal alteração de horário pode significar uma tarifa mais onerosa”, afirmou.