VIDA URBANA
Sudema fiscaliza a venda irregular de lenha
Segundo a a Sudema, só podem ser comercializadas as madeiras de algaroba e podas de cajueiros.
Publicado em 10/06/2015 às 6:00 | Atualizado em 08/02/2024 às 12:29
Para que a fogueira queime de acordo com a lei nas vésperas de Santo Antônio, São João e São Pedro, a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) de Campina Grande iniciou ontem a fiscalização nos pontos de venda para evitar a comercialização irregular de lenha. Até o momento apenas quatro pontos na cidade estão aptos a comercializarem lenha. Contudo, a expectativa é que até o final desta semana esse número chegue a 30 locais.
De acordo com João Dehon Fonseca, encarregado do setor de floresta da Sudema, só podem ser comercializadas as madeiras de algaroba e podas de cajueiros. Caso sejam identificadas outros tipos de árvores sendo oferecidas para o comércio de fogueiras, os comerciantes serão notificados sob o risco de ainda pagar multa que varia entre R$ 5 mil a R$ 50 mil.
“Nós começamos a fiscalização a partir dos primeiros comerciantes que vieram solicitar a licença para vender madeira utilizada para fazer fogueira. Até o momento temos poucos pontos, apenas na avenida Almeida Barreto (Centenário), na rua Silva Jardim (José Pinheiro), próximo ao açude de Bodocongó, e no Sítio Salgado. No ano passado nós não multamos ninguém por comércio irregular. Fizemos apenas duas notificações, mas em 2013 cinco comerciantes foram multados”, disse João.
Figura indissociável dos festejos juninos, a história da fogueira remete às culturas pagãs que as acendiam para espantar os maus espíritos das colheitas, como também da cultura cristã como forma de comunicação entre Isabel, mãe de João Batista, e Maria, mãe de Jesus. Mas, segundo padre Acírio de Medeiros, líder da comunidade de Santo Antônio, em Campina Grande, a utilização da fogueira está mais relacionada às questões climáticas do que religiosas.
“Isabel e Maria estavam em regiões distantes para que a primeira avisasse a outra do nascimento do seu filho. Como os povos utilizavam a fogueira nos dias mais frios, acredito que isso foi passando entre a cultura de vários povos que acabou virando tradição. Se fôssemos pensar apenas no quesito religioso, quem deveria ser lembrado a partir da fogueira seria apenas São João, mas o povo há muito tempo também faz essa referência a Santo Antônio e São Pedro”, explicou o pároco.
Pontos de comercialização
Avenida Almeida Barreto
(Centenário)
Rua Silva Jardim
(José Pinheiro),
Açude de Bodocongó
Sítio Salgado
*Fonte: Sudema/CG
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