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VIDA URBANA

Superação é palavra de ordem

Deficientes visuais lutam para superar as dificuldades de não poderem enxergar.

Publicado em 18/11/2012 às 8:00


A bibliotecária Ana Lúcia, 48 anos, perdeu a visão aos 20. Ela disse que o diagnóstico médico foi deslocamento de retina e do cristalino dos olhos, causando, assim, a cegueira. Depois de muito sofrimento e do período de aceitação, chegou ao Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha, que hoje é vice-presidente. Lá, aprendeu a superar os limites aos quais foi exposta.

“Eu sofri muito, quase entrei em depressão. Me isolei no quarto e não queria falar com ninguém. Depois que tudo isso passou, cheguei ao instituto, onde aprendi a conviver com a deficiência e comecei a assimilar tudo do zero, a partir da cegueira”, relatou.

Ana Lúcia lamentou as dificuldades que o Instituto passa para fazer o pagamento da folha de pessoal e para a manutenção do prédio, pois não dispõem de recursos próprios, tendo em vista que a instituição é uma Organização Não Governamental (ONG).

“Todo mês é o mesmo sofrimento, sem sabermos o que fazer para pagar os 19 funcionários de apoio, assim como para fazer algum reparo no prédio, pois os convênios que temos só envolvem a compra de alimentação e materiais de limpeza. Para as demais coisas, dependemos da colaboração da comunidade e dos doadores”, observou.

Para Ana Lúcia, existe disparidade entre aquelas pessoas que nasceram cegas e as que adquiriram no decorrer da vida, assim como ela.

“Aqui no instituto recebemos pessoas de quatro a 80 anos, ou mais. Observamos que quando se nasce com a deficiência, seja ela qual for, a pessoa aprende a viver de acordo com seus limites. Aquelas que adquiriram depois passam por mais dificuldades, pois estavam acostumadas com seus movimentos, seus hábitos, entre outras coisas. A partir daí, é preciso aprender tudo de novo, porém é mais difícil, devido à coordenação motora, que é reduzida pela deficiência”, avaliou.

A vice-presidente do Instituto dos Cegos disse que embora as leis existam, ainda não são colocadas em prática. “Sabemos que a leis existem, mas faltam colocá-las em prática. Falta também a conscientização dos poderes públicos e da própria população”, pontuou.

Sobre isso, o promotor dos Direitos do Cidadão do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Valberto Lira, confirma que as leis são desrespeitadas. “Pela falta de educação, as leis são desrespeitadas pela sociedade e pelo próprio Poder Público", avaliou.

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Jornal da Paraíba

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