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VIDA URBANA

Taxa de homicídios cai, mas cresce a de estupro

Paraíba apresentou queda nos casos de homicídios dolosos de 10,1%. 

Publicado em 05/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:51

No período de 1 ano, a Paraíba reduziu a quantidade de homicídios, mas aumentou o número de estupros, de crimes não letais, de assaltos e lesão corporal. É o que revelam dados divulgados ontem pelo 7° Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Os números mostram que a Paraíba também aumentou o investimento feito em segurança pública. O documento foi elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a partir do cruzamento de informações da Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda e da Secretaria da Fazenda das 27 unidades da federação.

Segundo o documento, a Paraíba apresentou queda nos casos de homicídios dolosos. Em 2011, houve 1.633 ocorrências desse tipo no Estado. Um ano depois, esse total ficou em 1.476. Com isso, a taxa em cada 100 mil habitantes mudou de 43,1 para 38,7. A redução foi de 10,1%.

O mesmo ocorreu com os latrocínios. Entre 2011 e 2012, a quantidade dessas ocorrências caiu de 27 para 21, provocando uma queda de 27,1% na taxa que mudou para 0,8 para 0,6. Na lesão corporal seguida de morte, o desempenho do Estado também foi positivo. Foram 7 casos em 2011 contra 4 em 2012.

Houve queda também nos homicídios culposos de trânsito. Foram 353 ocorrências em 2011 contra 279 em 2012. As mortes em acidentes no trânsito também caíram de 159 para 109. Além disso, houve redução também na quantidade de crimes não letais cometidos contra o patrimônio. Foram 45 contra 41.

A redução ainda atingiu os Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI), que saíram de 1.667 ocorrências em 2011 para 1.501 no ano seguinte (-9,9%). Apesar disso, o Estado apresentou a quinta maior taxa de CVL no Nordeste. A proporção da Paraíba foi de 39,3 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, superando os índices de Pernambuco (36,2), Maranhão (24,0), Piauí (16,4) e Rio Grande do Norte (11,2).

Com relação ao número de estupros, foi registrado um crescimento de 26,79%, passando de 265 registros em 2011, para 336 registros no ano passado. Este crescimento ficou acima da média nacional, que foi de 18,17%, com um total de 50,6 mil casos registrados no país no ano passado.

Houve aumento também no número de casos que não foram solucionados pela polícia. Segundo o Anuário, em 2011 existiam 31 mortes ainda sem serem esclarecidas na Paraíba. No ano seguinte, a quantidade subiu para 42, uma elevação de 35,48%. Aumentou também a quantidade roubos na Paraíba. Foram 349 ocorrências em 2011 contra 373 em 2012.

Os números também revelam que os crimes não letais contra a pessoa quase dobraram no Estado. Em 2011, foram 378 ocorrências, já em 2012, foram 559. Também ocorreu ampliação na lesão corporal dolosa. O total de vítimas saiu de 2.764 para 3.356, no período dos 2 anos. As mortes por agressão também subiram de 1.021 para 1.269.

O Anuário ainda revelou que mais pessoas morreram em confronto com a polícia. Foram 9 casos em 2011 contra 10 em 2012. Por sua vez, houve queda nas ocorrências de combate aos entorpecentes. Em 2011, foram realizadas 574 ocorrências policiais para combater o tráfico de drogas. No ano seguinte, houve 546.

SECRETÁRIO DESTACA ESTRATÉGIAS PARA INIBIR DELITOS NO ESTADO

O secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, explicou que o governo focou o combate aos casos de homicídio, “porque a vida é o patrimônio mais valioso da pessoa”. Mas destacou que estratégias já vêm sendo adotadas para inibir a prática de outros delitos.

“Estamos criando ações com relação à violência contra a mulher. Isso mostra que a gestão está cumprindo a sua finalidade. Não comemoramos ainda porque o desafio é grande”, afirmou.

Com relação ao aumento de casos de estupro, o secretário explicou que esse “crime é mais difícil de ser combatido e prevenido porque é praticado, geralmente, por pessoas que sofrem de desvios psicológicos”.

Em nota, a ministra Eleonora Menicucci, chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, observou que os casos de estupro precisam ser combatidos e devem ser tratados com tolerância zero.

“O governo federal tomou ao pé da letra o lema 'tolerância zero' e convoca a parceria dos governos estaduais, municipais e da sociedade em geral para combater este tipo de violência e a impunidade dos estupradores. As vítimas não estão sozinhas”, afirmou.

INVESTIMENTOS AUMENTAM

O 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública revela ainda que os gastos com policiamento e sistema de informação aumentaram na Paraíba, se comparado o ano de 2011 e 2012. De acordo com o levantamento, os gastos com os setores de informação e inteligência aumentaram mais de 100%, colocando a Paraíba como o sexto estado do país que mais investiu na área.

Segundo os dados, os gastos com esses segmentos, que auxiliam no trabalho das polícias do Estado, passaram de R$190.972,50, em 2011, para R$406.712,87, no ano seguinte. Se comparado aos outros estados do Nordeste, a Paraíba foi o quarto que mais investiu no setor.

Em relação às despesas com o policiamento, o montante gasto em 2012 foi 33,76% maior do que o de 2011. No ano passado foram gastos R$14.988.134,43, contra R$11.205.032,60 no ano anterior. Com esses números, o relatório aponta a Paraíba como o sétimo estado do país com a maior despesa no segmento.

Os números finais sobre os gastos com segurança pública foram computados a partir do cruzamento e da consolidação de informações cedidas pela Secretaria do Tesouro Nacional, Ministério da Fazenda e Secretaria da Fazenda das 27 unidades da federação. (Colaborou Katiana Ramos)

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Jornal da Paraíba

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