VIDA URBANA
Técnicos-administrativos paralisam atividades por reajuste
Técnicos da UFCG e UFPB cruzaram os braços na terça-feira (3); na UEPB, mobilização continua hoje.
Publicado em 04/03/2015 às 8:08 | Atualizado em 20/02/2024 às 17:54
Mais de 71 mil alunos universitários foram prejudicados com a paralisação dos servidores técnicos-administrativos das universidades públicas da Paraíba, que aconteceu durante o dia de ontem em todos os campi do Estado. A ação teve como pauta principal o reajuste salarial dos trabalhadores e o Dia Nacional de Luta pela campanha salarial 2015, de forma a pressionar os governos estadual e federal a discutir melhorias para a classe. Na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), a paralisação continua hoje e os funcionários só retornam às atividades amanhã.
Em virtude da interrupção das atividades, laboratórios ficaram fechados precarizando a realização das aulas, além de prejudicarem os serviços que a UEPB oferece à população. Na clínica-escola de enfermagem da instituição, por exemplo, nos dois dias de paralisação, deixarão de ser atendidas, em média, 80 pessoas, segundo a docente e coordenadora da Clínica, Rosilene Santos.
“As atividades externas que realizamos, como marcação de consultas, exames ginecológicos, vacinação, dentre outros serviços, estão paralisados”, disse. De acordo com a coordenadora, por turno, são realizados, em torno de 20 atendimentos, que foram prejudicados em virtude da paralisação dos técnicos.
O estudante de psicologia Vinícius Gomes disse que apoia a paralisação dos servidores, mas que teme um indicativo de greve. “É a forma que eles têm de reivindicar melhorias, então estão certos em chamar a atenção de toda a sociedade. Espero que sejam atendidos, pois o que mais tememos é que haja uma greve, que prejudica muito nossos estudos”, frisou.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (Sintespb/UEPB), Severino do Ramo de Oliveira, cerca de 90% dos 668 técnicos-administrativos efetivos da UEPB aderiram à paralisação de advertência da categoria. Os profissionais reivindicam o reajuste salarial (8%) no prazo da data-base, que é no mês de janeiro, além de melhorias para a instituição.
“Nós temos motivos de sobra para paralisar esses dois dias, é uma advertência não só ao governo estadual, mas à administração central. Nossa pauta é que seja cumprida a data-base de reajuste dos servidores, que está sendo desrespeitada”, afirmou. Segundo ele, além da pauta principal, que é o respeito à data-base, a paralisação reivindica também o crescimento da instituição. “Além da falta de compromisso com os servidores, o orçamento da instituição que a cada ano vem sendo desrespeitado por um governo que não dá a mínima atenção à instituição.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA procurou a Secretaria de Administração do Estado em busca de um posicionamento acerca do reajuste, mas ninguém foi localizado para falar sobre o assunto. Já a UEPB por meio de sua assessoria de imprensa informou que ainda não houve nenhuma sinalização do governo estadual sobre as pautas reivindicadas.
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