VIDA URBANA
Tecnologia está em alta nas férias para crianças
Mesmo permitindo as crianças usarem tecnologia, os pais devem ficar atentos com os conteúdos que são acessados.
Publicado em 15/07/2012 às 11:27
Não se pode negar que as crianças de hoje parecem nascer plugadas ao mundo virtual. Notebook, tablet, MP3 e smartphone são palavras fáceis de ser encontradas no vocabulário da garotada, difícil mesmo é fazê-los entender o momento para se afastar do universo digital. Com a chegada das férias, os pais devem ficar atentos para a criançada não extrapolar o limite com os mimos tecnológicos.
Febre da geração digital, os tablets prometem ser os mais utilizados nessas férias,a leveza e tamanho compacto proporcionam entretenimento para as crianças. Segundo estudo divulgado recentemente pela Nielsen, empresa especialista em pesquisa de mercado, sete em cada dez crianças americanas, menores de 12 anos, que têm tablet em casa, costumam usar o aparelho. Dessas, 77% para jogar games, 57% para fins educativos e 55% para entretenimento durante viagens.
Para a psicóloga Sandra Helena Ramalho, o número é considerado satisfatório, visto que a tendência é que as crianças se afastem um pouco dos deveres escolares no período das férias. A fiscalização dos pais sobre o conteúdo acessado, deve ser redobrada. “Nem sempre as férias da criança condiz com a dos pais. Muitas vezes é confortável deixar os filhos se entretendo com o tablet, pois o aparelho acaba suprindo a carência que eles têm dos pais, e isso é um erro. Os pais devem se mostrar presentes, tanto no afeto quanto na fiscalização daquilo que as crianças estão acessando”, explicou.
Exemplo de mãe fiscalizadora é Adriana Miranda, sempre de olho no conteúdo acessado por sua filha, Luana Miranda, que, com 9 anos de idade, sabe utilizar computador e celular melhor que muito adulto. “Cancelei o Facebook dela porque percebi que não estava conseguindo regular tudo o que ela acessava. Sempre estou por perto quando ela está no computador, sempre converso para que ela entenda o que pode e o que não pode ser acessado na internet”, disse Adriana Miranda.
Esse diálogo, segundo a psicóloga Sandra Helena, é essencial para a boa relação entre os filhos e o mundo virtual. Na internet, as opções de entretenimento são muitas, podendo ser acessadas por notebook, tablet e até smartphone. Dentro das várias opções, estão os jogos de “mundo virtual”, sucesso entre a maioria dos jovens plugados, pois unem diversão e sociabilidade entre os participantes.
O sistema desses jogos parece simples: o usuário cria um personagem e passa a viver uma realidade virtual, percorrendo diversas fases onde são formados novos companheiros. Habbo (http://habbo.com.br/) e MiniMundos (http://minimundos.com.br/), por exemplo, são algumas dessas comunidades virtuais, que prometem deixar as crianças por muito tempo em frente a tela. É nesse longo período que pode morar o problema, conforme explicou a psicóloga Sandra Helena.
“É um mundo virtual e imaginário, a criança pode usar esses recursos como forma de fugir da realidade. É tudo muito interessante na internet e, se elas não forem estimuladas a viver no mundo real, isso pode se tornar um vício. É sempre bom ter um equilíbrio. As tecnologias são excelentes ferramentas, mas não há nada mais gostoso que um passeio no parque ou ir a uma praia, por exemplo. Os antigos costumes não podem ser esquecidos”, concluiu a psicóloga. (Especial para o JP)
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