VIDA URBANA
Tempo nublado afasta turistas e paraibanos das praias de JP
Apesar de todas as atenções voltadas ao arraial do ‘maior São João do Mundo’, sobrenome de Campina Grande neste período, pouco movimento foi registrado de turistas e paraibanos nas praias de JP.
Publicado em 25/06/2011 às 8:55
Audaci Junior
Do Jornal da Paraíba
Mesmo sendo comemorado na próxima semana, São Pedro, detentor das chaves do céu, nublou o tempo por toda a orla paraibana na sexta-feira (24), em pleno dia de São João. Apesar de todas as atenções voltadas ao arraial do ‘maior São João do Mundo’, sobrenome de Campina Grande neste período, pouco movimento foi registrado de turistas e paraibanos nas praias de João Pessoa.
“Antes tava devagar, hoje tá pior”, compara com a alta estação o comerciante Severino Ramos dos Santos, 40 anos, ao lado de sua esposa, Marinês Rosa. O casal aluga cadeiras de praia no ‘ponto 17’, ao lado do posto salva-vidas do Corpo de Bombeiros, em Tambaú. “A culpa não é só de Campina Grande, mas da natureza também”, comenta Severino, apontando para cima, local da residência de São Pedro.
O reflexo dos cambaleantes negócios está no saldo de cadeiras alugadas por intermédio do comerciante até as 11h: “Nenhuma até agora”, diz prontamente, junto com um sorriso descontente, o resultado da conta da manhã que geralmente tem uma média de dez cadeiras nesse turno, alugadas por R$ 10 cada. “Ontem mesmo, saíram oito ônibus dos hotéis aqui por perto pra Campina.”
Mesmo com os 48 pontos de aluguel de cadeiras de praia espalhados sistematicamente pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), na vizinha Cabo Branco, a mineira Laíse Nobre, 21 anos, junto com seu namorado, o campinense Fabrício Nobre, 22, optaram por desfrutar da calmaria sentados nas areias da praia, longe da agitação de Campina Grande. “Queríamos mesmo era fugir da zoada”, revela o evangélico Fabrício, que também acrescenta o motivo religioso para tal migração. Visitando amigos, o casal afirma ser muito melhor a calmaria da capital do que os fogos da Borborema.
“Vi apenas uma fogueirinha por aqui”, afirma o paraibano João Bosco Pires, de 64 anos. Radicado em Minas Gerais há 30 anos, o senhor visita pela primeira vez João Pessoa neste período junino, junto com sua esposa, a mineira Marta Pires, 62 anos.
“Não tem São João por aqui”, coloca Marta Pires, que visitou – no dia anterior – o projeto ‘São João de João Pessoa – O Melhor da Gente’, no Ponto de Cem Réis. “Achei muito fraquinho. Deveriam aproveitar melhor a data aqui. Só ouvi os fogos de artifícios perto daqui.”
Se não fosse pelo grande número de parentes na casa da prima, João Bosco e sua esposa somariam no quadro turístico de Campina Grande. “A casa dela está cheia, mas esta semana viajamos pra lá, para comemorar o São Pedro”, planeja o paraibano, na calçadinha de Tambaú.
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