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VIDA URBANA

Testemunhas estão recebendo ameaças

Pessoas que receberam as ameaças conviviam e sabiam detalhes da relação entre Artur Eugênio e Cláudio Amaro Gomes.

Publicado em 06/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 17:34

A Polícia Civil de Pernambuco segue investigando o assassinato do médico campinense Artur Eugênio de Azevedo, na tentativa de esclarecer alguns pontos que são essenciais para identificar os motivos do crime.

Agora, além desse trabalho, a equipe responsável pelo caso também tenta identificar de onde estão partindo as ameaças recebidas por pessoas próximas à vítima e ao médico acusado de ser o mandante do crime. Nos últimos 15 dias, algumas pessoas que estão sendo ouvidas pela polícia foram ameaçadas de morte através de telefonemas anônimos.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Guilherme Caraciolo, as pessoas que receberam as ameaças conviviam e sabiam detalhes da relação entre a vítima e o médico Cláudio Amaro Gomes, acusado de encomendar o crime, e por isso estão sendo intimidadas a prestar depoimento.

Apesar de não terem presenciado o crime, a polícia acredita que o depoimento delas é essencial para as investigações. “Estas pessoas eram muito próximas dos dois e conhecem detalhes da relação entre os médicos. Estou tranquilizando as testemunhas, para que elas se declarem sem medo, pois já estamos identificando os autores das ameaças e farei questão de punir”, disse.

Guilherme Caraciolo também relatou que na manhã de ontem fez mais uma tentativa de ouvir o médico Cláudio Amaro Gomes e o filho dele, Cláudio Amaro Gomes Júnior, que também foi preso acusado de participar da execução, mas não conseguiu.

Além das digitais de Cláudio Júnior, encontradas na garrafa com o resto da gasolina utilizada para queimar o carro do médico, a Polícia Civil também tem imagens que mostram o acusado dirigindo um veículo Celta de cor preta, que foi usado para sequestrar o médico, no momento em que chegava em casa, antes do crime. O carro ainda não foi encontrado, mas Cláudio Júnior fez um Boletim de Ocorrência, após o crime, informando que o veículo tinha sido roubado.

Outro fato que também será alvo de investigação, segundo o delegado, diz respeito a uma revista feita no consultório do médico Cláudio Amaro. Lá os policiais encontraram a quantia de R$21 mil, guardada em uma das gavetas de sua mesa. Os familiares não souberam informar por que o médico estava com o grande volume de dinheiro em seu local de trabalho.

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Jornal da Paraíba

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