VIDA URBANA
TJPB lança campanha de adoção na cidade de Patos
Na Paraíba 350 estão na lista de espera para adoção.
Publicado em 20/05/2014 às 10:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 14:40
Para ampliar o número de adoções realizadas na Paraíba, o Tribunal de Justiça do Estado (TJPB) realizou na manhã de ontem na comarca da cidade de Patos, no Sertão, o lançamento da campanha de incentivo à adoção de crianças. Com a proposta de mudar esse quadro, a Coordenadoria da Infância do TJPB busca alternativas para melhorar os números de adoção, uma vez que no Cadastro Nacional de Adoção da Paraíba estão disponíveis para mais de 350 pretendentes apenas 53 crianças.
Segundo explicou o juiz Adhailton Lacet, coordenador de Infância e da Juventude, são muitas as dificuldades para atender os interessados em realizar uma adoção. Ele ainda pontou que a intenção é alavancar o número de adoções abrangendo um número maior de famílias interessadas em participar do processo, já que no ano passado foram registrados apenas a conclusão de 106 processos de crianças que ganharam uma nova família.
“Muitos casais acabam desistindo de adoção no meio do processo, além também das exigências acerca das crianças serem muito grandes. As pessoas querem encontrar as crianças da forma como elas idealizam, com as mesmas características físicas e sociais do casal, e com idade entre zero e dois anos, e essa não é a nossa realidade. Temos essas 53 crianças que foram destituídas de suas famílias pelos pais estarem presos ou não terem condições de criá-las, e precisamos de uma conscientização maior da população para que possa participar dessa campanha adotando uma criança”, explicou o juiz.
O coordenador de Infância e Juventude do TJPB ainda ressaltou que a cada ano torna-se mais difícil encontrar pais adotivos para aquelas crianças mais velhas e por isso estão sendo buscadas alternativas para tornar o processo mais dinâmico. Segundo ele, o tempo médio para a conclusão de cada processo é de pelo menos dois anos para menino e de três a quatro anos para menina. Ele apontou que o trabalho integrado com o Grupo de Apoio à Adoção e os Conselhos Tutelares será importante para que essa realidade mude após essa campanha.
“Depois dos sete anos de idade cai muito a probabilidade de que uma criança seja adotada, principalmente, se for menino. A questão da cor, apesar do perfil mais procurado ser o de branco a pardo, não interfere muito, principalmente, se for idade baixa.
Esperamos que com o trabalho entre todos os envolvidos nessa campanha possa mudar esse cenário, e promover uma segunda chance para esses jovens que estão precisando de uma nova família”, acrescentou.
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