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VIDA URBANA

Trabalho manual é resgatado

Cada vez mais mulheres jovens estão se interessando por bordados, pintura e costura. Muitas têm na atividade um hobby.

Publicado em 06/10/2013 às 8:00

Tricô, crochê, bordado e costura que até os anos 70 faziam parte do currículo escolar e era ensinado às mulheres na escola ou pelas mães ou avós para filhas e netas ganham uma nova dimensão na atualidade e passam a ser consideradas atividades prazerosas, lúdicas e até um pequeno negócio.

Para Maria Karine Nóbrega de Souza, 24 anos, a arte de bordar é pura diversão. “Aprendi a técnica de bordar com minha vizinha há 10 anos”, declara. Natural de Junco do Seridó, cidade do interior da Paraíba, distante mais de 230 quilômetros de João Pessoa, ela se apaixonou pela arte ao ver na adolescência a vizinha bordar.

“Eu ia todas as noites à casa de minha vizinha para vê-la fazendo bordados com a técnica vagonite. Não demorou muito eu já estava fazendo meus primeiros traçados”, conta Karine Nóbrega. “Acho fácil bordar. Essa é uma atividade que me dá prazer e me distraio fazendo”, pontua. A técnica de bordado ornamental é executada sobre tecido, por meio de agulha e linhas coloridas e dá acabamento em peças de vestuário, cama, mesa e banho.

Habilidosa, Karine conta que os trabalhos que executa são apreciados pelas amigas e antes mesmo de serem concluídos são vendidos. “Há quase dois anos eu tento fazer um caminho de mesa para minha casa, mas sempre que estou prestes a conseguir o feito aparece alguém para querer comprar. Assim, tudo que tenho feito vendo, mesmo que a intenção inicial tenha sido fazer um trabalho apenas para mim”, revela.

Os trabalhos são fruto da criatividade e iniciativa de Karine, que alimenta a paixão pela técnica de vagonite adquirindo revistas especializadas no assunto. Outro aliado na troca de informações e de detalhes sobre as peças é a internet. Nas redes sociais é possível encontrar trabalhos e detalhes com o passo a passo explicativo. “Sempre passo na banca de revistas para ver se tem novidades. Também aprendo muito nas redes sociais, tem muita gente trocando informações e explicações sobre trabalhos em vagonite através da internet”, explica.

Mas para fazer trabalhos manuais a pressa não é uma boa companheira. Uma passadeira para mesa com um metro e vinte centímetros pode demorar até quatro dias para ser concluída. “Os desenhos em tecido feitos com agulha e linha, sem uso de costura, são delicados, exigem concentração e dedicação”, pontua Karine. Os preços variam de R$12 a R$ 140, a depender da riqueza de detalhes exigida.

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Jornal da Paraíba

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