VIDA URBANA
Tradição secular dos católicos
Mesmo sem referência na Bíblia, dom Aldo Pagotto lembra que o ato de jejuar começou como sinal de respeito ao corpo de Cristo.
Publicado em 01/04/2012 às 17:00
O jejum da carne vermelha é o mais conhecido e difundido pela Igreja Católica, apesar de não ter nenhuma referência a esse comportamento na Bíblia. O arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, explicou que a tradição vem de muitos séculos, de uma época incerta. “Os primeiros cristãos deram início à prática por respeito ao corpo de Jesus Cristo, imolado na cruz”, afirmou.
Segundo o arcebispo, desde então, a tradição foi passando de geração em geração. Atualmente é possível encontrar cristãos que não comem carne em dias como a Quarta-feira de Cinzas (que marca o início da Quaresma), Quarta-feira de Trevas e Sexta-feira Santa.
“É uma prática milenar que continua nos dias atuais, mas que não podemos dizer que é a mais correta, pois o que realmente importa é o simbolismo”, disse. Ele frisou que “os cristãos devem jejuar não apenas a carne, mas algo (alimento ou não) que os afastem de Cristo, como as fofocas, os gastos excessivos por vaidade, etc”.
SEMANA ESPECIAL
Para os evangélicos, a Semana Santa também é especial. O representante da Primeira Igreja Batista de João Pessoa, pastor Estevam Fernandes, disse que a Páscoa é, depois do Natal, a maior festa do Cristianismo, tendo como ponto alto o domingo da Ressurreição. “A Páscoa representa para nós cristãos a passagem da morte para a vida, e da escravidão para a liberdade”, declarou. “Essa é uma semana muito especial, dedicada às reflexões sobre a Paixão de Cristo”, comentou.
O pastor disse ainda que a Primeira Igreja Batista terá uma programação religiosa voltada para a comemoração da data. “No domingo, às 6h, teremos o culto da Ressurreição no qual lembraremos o dia que Jesus ressuscitou e ainda conferências sobre a vida de Cristo”, explicou Estevam Fernandes. Diferente dos católicos, os evangélicos não têm a tradição do jejum na Semana Santa. “Fazemos reflexões sobre a vida, a morte e a Paixão, até porque a tradição do jejum, sobretudo o de não comer carne na Sexta-feira já está superada”, opinou.
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