VIDA URBANA
Trânsito faz 106 vítimas de acidentes em CG
No intervalo de 3 anos, a quantidade de ocorrências teve um aumento de 95%, com um salto de 1.627 casos em 2007, para 3.185 em 2010.
Publicado em 22/01/2012 às 15:33
Uma realidade preocupante registrada em Campina Grande é a do número de acidentes de trânsito nos últimos anos. No intervalo de 3 anos, a quantidade de ocorrências teve um aumento de 95%, com um salto de 1.627 casos em 2007, para 3.185 em 2010. O levantamento completo referente a 2011 ainda não foi concluído pela Divisão de Pesquisa e Estatística de Acidentes da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP).
Entre 2007 e 2010 foram registrados na cidade 10.668 acidentes, responsáveis por um total de 8.387 vítimas, sendo 8.191 feridos e 196 mortos. A maioria das vítimas são jovens na faixa etária entre 18 e 29 anos. Em segundo lugar estão os adultos jovens com idade entre 30 e 59 anos.
Outra realidade apontada pelos dados estatísticos da STTP é que a grande maioria dos envolvidos é do sexo masculino. Foram 6.097 homens contra 1.902 mulheres vítimas da violência no trânsito.
Entre as vítimas fatais, 68% foram homens, deixando 138 famílias de luto.
Segundo o superintendente da STTP, Salomão Augusto, o crescimento dos acidentes é explicado pelo aumento da frota, que cresceu 239% em 10 anos, chegando a aproximadamente 161 mil veículos este ano. “No último ano, este acréscimo foi de 40% em relação a 2011. Isso tem acarretado uma série de problemas como falta de estacionamento, principalmente no Centro e, um deles é a questão das colisões entre veículos”, informou.
A explicação para a quantidade de vítimas do sexo masculino, de acordo com Salomão, está associada diretamente com o número de condutores da cidade, que é formado 70% por homens, o que equivale a 140 mil motoristas.
A estimativa da STTP é que existam cerca de 200 mil motoristas devidamente habilitados em Campina Grande.
“Pesquisas em âmbito nacional comprovam que a mulher é mais prudente no trânsito, mas apesar disso, a proporção de homens dirigindo na cidade é muito maior, o que nos leva a concluir estatisticamente que a imprudência não é o principal fator que tem resultado na diferença entre gênero”, apontou Salomão.
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