VIDA URBANA
Trauma quer contrato individual
Médicos anestesiologistas deverão assinar contratos individuais para manter prestação de serviços no Trauma de Campina Grande.
Publicado em 20/10/2012 às 6:00
A primeira reunião realizada entre a diretoria da Cooperativa Campinense Anestesiologistas e a direção do Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, na manhã de ontem, na Promotoria de Saúde do Ministério Público (MP), sinalizou a proximidade da assinatura de um contrato individual entre os médicos e o Estado. O novo acordo é necessário por causa da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de que o atual contrato firmado, via cooperativa médica, não terá mais validade após a próxima terça-feira.
Como a maioria dos 40 anestesiologistas cooperados trabalham no Trauma e já têm dois vínculos públicos firmados, a assinatura de um terceiro contrato não é permitida, o que provocaria uma redução considerável no quadro de plantões da unidade médica, que ficaria desfalcada de dezenas de especialistas, com a estimativa de um déficit de até 300 plantões por mês.
De acordo com o diretor do Hospital de Trauma de campina Grande, Geraldo Medeiros, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) aceitou pagar o mesmo valor contratado com a cooperativa, o que possibilita a manutenção da mesma escala de plantões ao longo do mês. “Queremos que essa situação seja resolvida para que a população não seja prejudicada, porque caso tenhamos algum problema por conta de falta de atendimento, os responsáveis irão responder na Justiça”, disse.
Segundo Carlos Roberto de Souza, presidente da cooperativa, a alternativa da assinatura do contrato individual será apresentada à categoria para que na próxima segunda-feira, às 14h, uma decisão seja tomada para que o atendimento à população não seja prejudicado. “Nós queremos resolver e estamos próximos disso”, afirmou o presidente.
Para Luciano Maracajá, promotor da Saúde, esta nova reunião deverá confirmar a intenção de manter a prestação de serviço.
“Agora o Ministério Público irá recomendar em breve a abertura de um concurso para esses cargos, uma vez que essa situação não poderá ser mantida por muito tempo”, explicou o promotor.
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