VIDA URBANA
Trotes prejudicam Bombeiros e Samu
Samu e Corpo de Bombeiros de CG registraram uma média de 16 mil trotes por mês; dos 10 mil chamados recebidos, 88% são falsos.
Publicado em 25/08/2012 às 6:00
Os trotes telefônicos ainda são uma grande preocupação do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da região de Campina Grande. Ambos registram uma média de 16 mil trotes por mês, um índice alto, considerando a quantidade de chamados recebidos, cerca de 30 mil mensais. Segundo o comandante dos Bombeiros, major Fábio Santos, as 'brincadeiras' atrapalham o desempenho do trabalho dos profissionais e são realizadas geralmente por crianças e adolescentes.
O major explicou que os horários quando mais acontecem este tipo de 'brincadeira' foram registrados entre os intervalos e término das aulas nas escolas da cidade. De acordo com ele, o bairro do José Pinheiro foi identificado como o que mais realiza trotes para os militares. “Acreditamos que sejam crianças que se aproveitam dos intervalos e fim de aulas para passar trotes através dos orelhões. É uma pena porque isso atrapalha o trabalho dos Bombeiros”, contou.
Ele informou que 10 mil chamamentos telefônicos são recebidos por mês no Batalhão e 88% são de brincadeiras que acabam prejudicando a própria população, ou seja, mais de 8 mil ligações.
Já no Serviço de Atendimento Móvel da região, que abrange 55 municípios, incluindo Campina Grande, esse percentual chega a 40% das 20 mil ligações mensais, uma média que equivale a 8 mil trotes. “Na verdade o índice diminuiu em Campina Grande em até 50%, mas depois da regionalização, desde janeiro deste ano, houve um aumento em outras cidades. O maior registro de trotes são de municípios vizinhos”, disse o coordenador do Samu regional, Antônio Henriques.
Segundo o comandante dos Bombeiros, o Código Penal Brasileiro trata o trote telefônico como crime. Conforme o artigo 340, provocar ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência ou de contravenção que sabe não se ter verificado, cabe uma pena de detenção de um a seis meses ou multa. “Nós estamos tentando combater essas práticas através de campanhas de educação, mas os pais devem ficar atentos, porque brincadeiras como essas refletem de forma negativa à população”, disse o major.
Comentários