VIDA URBANA
Tuberculose faz mais de 200 vítimas em JP
Números são de 2014, mas só este ano a SMS já soma 35 casos da doença do tipo pulmonar.
Publicado em 21/03/2015 às 6:00 | Atualizado em 16/02/2024 às 13:06
Ter tosse seca ou com secreção por mais de três semanas pode ser um sinal de alerta para a ocorrência de tuberculose, que apesar de ser a 4ª doença infectocontagiosa que mais mata em todo país, pode ser tratada e tem cura. Somente em João Pessoa, 214 novos casos pulmonar bacilífero, que é a forma positiva à baciloscopia localizada no pulmão e transmissível, foram registrados no ano passado. Neste ano, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já contabilizou 35 casos da doença.
A coordenadora da Área Técnica de Tuberculose e Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde, Eveline Vilar, explicou que a tuberculose pode ocorrer de forma extrapulmonar, ou seja, em outros órgãos, mas que a doença só é transmissível quando localizada no pulmão. No ano passado, foram confirmados 377 casos de tuberculose de todas as formas (em outros órgãos) e neste ano já foram 65 registros desse tipo.
Eveline Vilar destacou que qualquer pessoa pode adoecer por tuberculose, por isso quando houver a suspeita da doença, é de extrema importância a procura do serviço de saúde para realizar o exame e se certificar. “A tuberculose é uma doença transmissível e quanto mais rápido for identificada e tratada, evita que outras pessoas adoeçam e que o próprio doente tenha complicações”, disse.
A coordenadora garantiu que o tratamento é gratuito, fácil e eficaz, mas precisa da adesão do doente, que se não aceitar o tratamento pode sofrer a evolução da doença, inclusive o óbito. De acordo com Eveline Vilar, no ano passado, a incidência de casos de tuberculose foi 48 por 100 mil habitantes e a taxa de mortalidade de 2,43% da população total.
“A tuberculose é a primeira causa de morte dos pacientes com HIV/Aids”, ressaltou.
Por meio da Área Técnica, o município realiza assessoria, monitoramento, avaliação do programa e qualificações e treinamentos em serviços com os profissionais para melhorar e garantir um atendimento de qualidade ao doente de tuberculose.
“Na próxima terça-feira, vamos promover uma atividade em alusão ao Dia Mundial da Tuberculose. A ação será no Centro de Saúde de Mandacaru, a partir das 8 horas”, adiantou coordenadora da Área Técnica de Tuberculose e Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde.
EXAMES GRATUITOS
Em João Pessoa, todos os exames e o tratamento da doença é realizado em todas as equipes de Saúde da Família, nos Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais), gratuitamente e dura 6 meses, segundo Vilar.
“O tratamento garante a cura do doente, se o mesmo não abandonar o tratamento. Aliás, esse é um ponto importantíssimo, pois o tratamento não pode ser interrompido, pois a doença volta e de forma mais grave, tem que tratar durante os 6 meses, fazendo consultas e exames mensais na Unidade de Saúde”, alertou a coordenadora da Área Técnica de Tuberculose e Hanseníase da SMS.
SES REALIZA AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃO
De segunda a quarta-feira da próxima semana, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) dará apoio às ações de conscientização e prevenção da doença nos 223 municípios paraibanos, em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, comemorado no próximo dia 24, com o tema 'Tuberculose é grave, mas tem cura'. O objetivo é estimular os profissionais da Atenção Básica a realizarem busca ativa de sintomáticos respiratórios (pessoas que apresentam tosse por um período de três semanas ou mais) e conscientizar a população quanto à importância do diagnóstico precoce.
A Semana de Combate à Tuberculose da unidade de saúde contará com exibições de vídeos, palestras, serviços de orientação ao público, identificação dos principais sintomas da doença, testagem para diagnóstico da tuberculose, entre outras atividades. Também está prevista uma testagem para diagnóstico da tuberculose (broncoscopia) no Presídio Sílvio Porto, em João Pessoa.
A ação contará também com apresentação do grupo teatral ‘Cia da Saúde e do Sorriso’, formado por servidores do Hospital de Doenças Infectocontagiosas Clementino Fraga (CHCF).
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