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VIDA URBANA

Tumulto contra adesão à Ebserh

Reunião do Conselho Universitário foi marcada por protestos de estudantes que ocuparam reitoria da UFCG contra adesão a Ebserh.

Publicado em 19/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 18/07/2023 às 14:33

A possibilidade de adesão da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que vem sendo debatida desde 2012, voltou a causar polêmica na manhã de ontem em Campina Grande, quando servidores, professores e estudantes invadiram o prédio da reitoria para protestar contra a proposta de adesão defendida pela administração da UFCG.

Durante a invasão, estudantes denunciaram que foram agredidos por seguranças e o prédio só foi desocupado no final da tarde, após uma negociação com a Polícia Federal e o procurador Alcides Gouveia. Por quase 6 horas, o reitor Edilson Amorim ficou impedido de sair do gabinete.

A invasão ocorreu durante uma reunião do Colegiado Pleno do Conselho Universitário, que teve início ontem pela manhã, mas foi interrompida pelo reitor por causa das manifestações, que tiveram início ainda no começo da manhã. O reitor lamentou a confusão criada durante a manifestação, e disse que não há data para que a adesão à Ebserh seja rediscutida.

O tumulto começou quando, durante o protesto, alguns estudantes forçaram a entrada lateral e ocuparam o gabinete da reitoria. Durante toda a reunião, que aconteceu no auditório do Centro de Extensão José Farias Nóbrega, os manifestantes cantaram músicas e bateram latas para protestar contra a decisão.

Ainda no final da manhã o reitor recebeu representantes dos sindicatos para ouvir as reivindicações desses segmentos. O encontro foi encerrado no início da tarde e, quando o reitor tentava deixar o local, os estudantes cobraram uma postura dele sobre a Ebserh. Como Edilson disse que não poderia emitir uma posição sobre o assunto, houve um tumulto no local e, segundo o diretor secretário da Associação dos Docentes da UFCG (ADUFCG), Luciano Mendonça, cinco alunos teriam sido agredidos fisicamente.

Após o tumulto, o reitor Edilson Amorim recebeu representantes dos estudantes e ouviu as reivindicações dos alunos. O procurador federal Alcides Gouveia, que iria se reunir à tarde com o reitor na sede da procuradoria, foi informado sobre o problema e chegou ao prédio da reitoria acompanhado por um delegado e dois agentes da Polícia Federal. Eles conversaram com os estudantes, que decidiram desocupar o prédio.

Ao comentar o episódio, o reitor lamentou a invasão, e disse que ela não era necessária porque o processo de adesão à Ebserh vem sendo discutido, desde 2012, de forma aberta, ouvindo a todos os segmentos envolvidos.

“É um direito de qualquer cidadão protestar, mas não foi a melhor tática. Eles já foram ouvidos em vários momentos e continuarão sendo ouvidos, pois aqui não existe discussão fechada”.

Sobre as denúncias de agressão, Edilson informou que a universidade vai apurar de forma administrativa, pois não tem poder de polícia, e, caso elas sejam confirmadas, serão adotadas as medidas cabíveis contra os responsáveis.

DEBATE SOBRE O HU DE CAJAZEIRAS

Após o tumulto de ontem, uma reunião foi agendada pela reitoria e vai discutir hoje o caso do Hospital Universitário Júlio Bandeira, em Cajazeiras. Em decisão judicial recente, foi fixado o prazo até 27 de março para que a UFCG garanta o funcionamento da unidade, comprovando a adesão à Ebserh ou contratando servidores temporários para a unidade, que hoje funciona com as despesas custeadas pela prefeitura do município. Por meio de uma rede social, manifestantes informaram que já organizam um novo protesto que ocorrerá durante o encontro.

A reunião será realizada às 14h e contará com a presença de representantes dos sindicatos, do procurador federal e do vice-reitor da UFCG, Vicemário Simões. O reitor Edilson Amorim viaja hoje para Brasília para saber do Ministério da Educação (MEC) quais as alternativas possíveis em relação à Ebserh.

Uma nova rodada de discussões, assim como a posição da reitoria, só deve ocorrer após a volta do reitor.

Enquanto isso, a reitoria, alunos e servidores continuam a divergir sobre a adesão ou não à empresa pública. “As atividades de ensino que são próprias dos hospitais-escola ficarão comprometidas porque ficarão submetidas à lógica de mercado, que envolve uma empresa de direito privado, que vai funcionar estabelecendo metas, afirmou o presidente da ADUFCG, professor José Irelanio de Ataíde.

O reitor Edilson Amorim rebateu a acusação. “A adesão à Ebserh significa mais pessoal, mais equipamentos, melhores instalações, benefícios imediatos para a população”, disse ele. (Fernanda Moura)

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Jornal da Paraíba

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