VIDA URBANA
UEPB terá novo calendário
Proposta do novo calendário ainda deverá ser analisada pelo Consepe, na próxima segunda-feira (20), mas programa já foi montado.
Publicado em 17/05/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 17:07
A expectativa do retorno às aulas da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) foi frustrada para alguns alunos, já que algumas disciplinas estão sem professores contratados. Ontem pela manhã, algumas salas ainda estavam fechadas e muitos estudantes também não apareceram. Por causa da greve dos docentes, que durou 83 dias, o calendário acadêmico teve que ser modificado e a possibilidade é de que o primeiro semestre letivo deste ano se encerre em setembro.
A proposta do novo calendário ainda deverá ser analisada pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), na próxima segunda-feira, mas de acordo com o pró-reitor de Ensino e Graduação, Eli Brandão, o programa já foi montado.
Ele explicou que a intenção é de que o primeiro semestre deste ano seja finalizado no mês de setembro, com Colação de Grau em outubro. O pró-reitor informou que o início do segundo semestre também deverá ser realizado em outubro, sendo concluído em fevereiro do próximo ano.
Para o estudante Steven Santos, 19 anos, morador do município de Soledade, distante 58 quilômetros de Campina Grande, onde estuda o curso de Administração da UEPB, a greve prejudicou os alunos. “Nós perdemos muito tempo e agora vão querer 'correr' contra o tempo perdido. Acho que a gente pode perder muito de conhecimento, se as matérias forem ministradas em um período mais curto”, lamentou. Como ele, outros estudantes também não iniciaram suas aulas na manhã de ontem, devido à falta de professores em algumas disciplinas.
Mas, segundo o pró-reitor de Ensino, a partir da próxima semana, tudo estará normalizado, incluindo o retorno dos programas e serviços, como os das clínicas escola. Ele explicou que haverá uma contratação de cerca de 30 professores e que esse processo foi interrompido pela greve dos servidores técnicos. “Isso é normal na primeira semana de aulas, mas o processo já está em andamento e na próxima semana tudo estará funcionando normalmente”, disse.
Ele contou que na UEPB são cerca de 900 professores efetivos e mais 250 substitutos. São 22 mil alunos, sendo que 70% estão em Campina Grande. Apesar da categoria dos docentes não ter atingido o equivalente a 17,7% de reajuste salarial, como foi exigido no início da greve, durante assembleia os professores acabaram aceitando o reajuste de 5,83%, proposto pela universidade.
“Nós recebemos a decisão da Justiça com tristeza, porque a categoria não foi ouvida, mas todas as decisões jurídicas serão acatadas. Estamos retornando às aulas, mas continuaremos lutando contra a precarização da instituição e a favor de sua autonomia”, contou o presidente da Associação dos Docentes da UEPB (ADUEPB), José Cristóvão de Andrade.
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