VIDA URBANA
UFCG e IFPB mudam as vagas
Para atenteder a lei das cotas, UFCG e IFPB irão alterar seus sistemas de distribuição de vagas já para os processos seletivos de 2013.
Publicado em 09/10/2012 às 6:00
Após a Lei de Cotas ter sido sancionada, no final do mês passado, pela presidente Dilma Rousseff, para as Instituições Federais de Ensino Superior, a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) vão alterar seus sistemas de distribuição de vagas já para os processos seletivos de 2013. Na UFCG, os 61 mil estudantes inscritos no Vestibular 2013 terão que responder a um questionário se declarando negro, índio ou pardo e oriundo ou não de escola pública para que seja definida a concorrência e a quantidade de vagas destinadas para cada curso.
Atualmente, a UFCG não utiliza o sistema de cotas em seu processo de seleção. A universidade adota o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o preenchimento das 4.750 vagas oferecidas. Segundo o reitor da UFCG, Thompson Mariz, a instituição irá acatar a decisão do decreto, que ainda não tem data para sair, mas até o final desse mês deve ser publicado através do Ministério da Educação.
“Nós vamos convocar todos os estudantes inscritos no Vestibular para se declararem indígenas, negros, pardos, aqueles oriundos da escola pública, ou ainda os que não vão optar por disputarem as vagas através do sistema de cotas. A publicação desse decreto não deve atrapalhar em nada o nosso processo de seleção, e a lei é muito clara. Se já agora ela indicar que 50% das vagas devem ser destinadas às cotas, nós vamos cumprir”, apontou Thompson Mariz.
Acerca da distribuição e preenchimento do que a universidade oferta aos concorrentes, Mariz foi direto e reafirmou que uma vez adotado o sistema de cotas, as vagas serão divididas por curso, sem a possibilidade de haver discrepância entre áreas ou departamentos. “Se a lei apontar que serão 50% das vagas para os estudantes de escola pública, nós vamos dividir o total de vagas de Medicina, por exemplo, e separar 50% para as cotas e os outros 50% para o restante”, acrescentou.
Já no IFPB, que possui seis mil vagas nos dez campi distribuídos em todo o Estado e oferece cursos técnicos e superiores, a mudança mais significativa será nos cursos superiores. Já com um sistema de cotas definido, com 5% em todas as unidades para portadores de deficiência física, 60% para quem mora no estado e 20% para os candidatos nascidos em Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, o Pró-reitor de Ensino, Paulo de Tarso, explicou que o Instituto terá que redistribuir seu sistema de vagas para adequar-se à lei.
“Nós vamos repensar todo esse sistema, já que teremos a obrigação de ofertar as vagas para quem vem de escola pública.
Ainda não temos uma ideia muito clara sobre essa alteração, mas iremos enviar um representante até o Ministério da Educação (MEC) para que possamos cumprir o que a lei irá indicar para os cursos de Ensino Superior, já que os de Nível Médio nós já destinamos 50% para esse público”, destacou o pró-reitor.
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