VIDA URBANA
Campina Grande recebe em 2020 unidade da Abrace, única entidade autorizada a plantar maconha no Brasil
Local onde deve funcionar instituição já foi definido e a Justiça deve dá um parecer em breve.
Publicado em 30/11/2019 às 7:00 | Atualizado em 30/11/2019 às 15:42
Até julho de 2020, a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), única entidade autorizada pela Justiça a plantar maconha para uso medicinal no Brasil, deve abrir uma unidade de cultivo e produção de medicamentos à base de cannabis em Campina Grande, no Agreste da Paraíba. Atualmente, a sede da associação fica em João Pessoa, onde são atendidos mais de 1.500 pacientes de todo o país.
As informações são do gerente da Abrace, Luciano Lima, que lembrou que Campina Grande já possui uma clínica parceira localizada no bairro da Prata, a CNN, mas a abertura de uma unidade física ainda está em trâmites judiciais, e deve receber um parecer em breve. De acordo com Luciano, profissionais especializados realizaram testes e constataram que o solo e o clima de Campina Grande são mais propícios ao plantio da cannabis, justificando a vinda da entidade à cidade.
Audiência pública
Luciano ainda comentou que está à espera de uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Campina Grande para debater sobre o cultivo e a produção de medicamentos à base de cannabis na cidade, mas ainda não foi informado sobre a possível data em que a reunião deve acontecer. Um dispensário da Abrace já está na cidade.
A Anvisa e a Justiça não ainda não permitiram a divulgação do local onde a Abrace deve ser instalada em Campina Grande, mas o gerente da associação informou ao Jornal da Paraíba que se trata de uma fazenda, que já possui CNPJ, e deverá ser avaliada em breve pelos órgãos competentes.
Em João Pessoa, a Abrace já funciona há cinco anos com o cultivo e o laboratório de cannabis. Neste período, a associação já atendeu cerca de 1.500 pacientes de todo o Brasil, e se concretizada, a vinda da entidade para Campina Grande pode ampliar esse número para mais de 10 mil atendimentos.
*Sob supervisão de Aline Oliveira
Comentários