VIDA URBANA
Unidades de saúde produzem mais de 1,3t de lixo
Dados foram repassados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e pela coordenação do setor de Resíduos Sólidos do Trauma de Campina Grande.
Publicado em 28/08/2014 às 7:14
Unidades de saúde e hospitais públicos de Campina Grande, incluindo a rede de saúde mental e atenção básica e o Hospital de Trauma, produzem em média, 1.300 toneladas (t) de lixo hospitalar por dia. Os dados foram repassados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e pela coordenação do setor de Resíduos Sólidos do Trauma de Campina Grande. Conforme as informações divulgadas, a coleta e o descarte do material seguem todas as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com o diretor administrativo e financeiro da SMS, Jaime Rodrigues, a quantidade total de lixo hospitalar recolhido diariamente na rede de saúde do município corresponde a 30 bombonas – tambor de plástico usado para armazenar resíduos como cloro, água e outras substâncias – de 30 kg, que somam 900 kg/dia. “O lixo coletado é levado para a incineradora da empresa coletora, localizada no bairro Catingueira. Existe separação seletiva de todo o lixo recolhido. O comum é coletado por uma empresa que presta serviço à Prefeitura Municipal e todas as unidades dispõem de local apropriado para armazenamento antes da coleta”, informou.
Ainda segundo Jaime, a Prefeitura gasta em torno de R$ 77 mil na coleta, transporte e incineração dos resíduos hospitalares por mês. “Estamos fazendo um trabalho no sentido de separar melhor o lixo contaminado – infectante – para que possa haver uma redução no valor pago, mas saliento que não há acúmulo de lixo em nenhuma unidade de saúde de Campina”. Ele acrescentou que a quantidade total de lixo, incluindo orgânico, reciclável e comum, não é contabilizada pela SMS.
Já no Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, conforme explicou a enfermeira Iracema de Almeida, uma das coordenadoras do Setor de Resíduos Sólidos, são produzidos em média, diariamente, 405 kg de lixo infectante, que é coletado por uma empresa terceirizada de João Pessoa, que transporta o lixo até a sede para ser incinerado. “Tudo que contenha sangue ou fluidos corpóreos, como seringas, agulhas, bandagens, gazes, entre outros materiais que podem ter potencialmente agentes patogênicos e não podem ser reciclados, são recolhidos de forma diferenciada e transportados obedecendo as normas da Anvisa, para posterior incineração”, explicou.
A unidade ainda realiza a separação de todo lixo produzido. “São cerca de 174 kg por dia de material reciclado que é repassado para a cooperativa Arendas, 200 kg de restos alimentares que são doados a um pequeno criatório de porcos, registrado no Ministério da Agricultura, dentro das normas da Anvisa. Os resíduos comuns, que geram cerca de 576 kg por dia, são levados para o aterro de Puxinanã”, completou.
No Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) não há mais problema de acúmulo de lixo hospitalar a céu aberto, como registrado em 2012 e 2013, quando a unidade foi inclusive multada pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). “O hospital estava em reforma e em 2012 voltou a funcionar, só que o quantitativo de lixo tinha dobrado e houve este problema. Foi necessária toda uma adequação e um novo contrato. Atualmente, o resíduo que é gerado durante dois dias é totalmente recolhido no dia seguinte, tudo é lacrado e o transporte é realizado de forma correta, para ser encaminhado para incineração”, esclareceu Bernardo Dias, coordenador de Infraestrutura do hospital. Ainda não há, segundo ele, o levantamento sobre a quantidade de resíduos produzida no local.
Rede particular
Na rede particular, segundo garantiu o presidente do Sindicato dos Hospitais da Paraíba – Regional Campina Grande, José Targino, os resíduos hospitalares são coletados e incinerados por uma empresa especializada da capital. “O que corresponde a resíduo comum é levado pela empresa urbana de coleta da cidade. O lixo hospitalar séptico ou infectante é coletado três vezes por semana por esta empresa autorizada. Não temos o levantamento da quantidade”, informou.
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