VIDA URBANA
Unimed garante que superbactéria não foi a causa da morte do bebê
Hospital garantiu que o bebê contaminado com a bactéria KPC morreu devido a uma série de complicações e que, com o tratamento adequado, a bactéria havia sido controlada.
Publicado em 14/06/2011 às 16:07
Da Redação
Um caso perdido. Foi como o diretor geral da Unimed, Fábio Rocha, descreveu o caso do bebê de 5 meses, Isaac Magliano Santana, que morreu contaminado pela bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) no último dia 7 de junho. Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (14), ele garantiu que, ao contrário do que o pai do bebê afirmou, não houve negligência e o hospital forneceu todo o atendimento adequado para a criança, disponibilizando todos os especialistas necessários, inclusive geneticistas, e chegou a gastar mais de R$ 400 mil com o tratamento.
No entanto, divergindo da informação passada pela Secretaria de Saúde de João Pessoa (SES), que disse só ter sido notificada da ocorrência da bactéria nesta terça, o hospital informou que já havia comunicado a SES sobre o caso desde o dia 30 de abril.
Além disso, a chefe da UTI pediátrica do hospital, Janine Valença, garantiu que Isaac não morreu de infecção pela bactéria KPC. Ela informou que a morte do bebê foi decorrente de uma série de complicações, como atrofia cerebral, problema no metabolismo, que impedia que a criança digerisse proteínas e laringomalácia, má formação da laringe. “Os esforços foram feitos, mas era um caso extremamente perdido, não dava para corrigir problema de metabolismo com tratamento”, disse Fábio Rocha.
A responsável pela Comissão de Combate à Infecção Hospitalar da Unimed, Helena Gemóglio, esclareceu que não houve infecção por KPC. Segundo ela, a bactéria estava na pele da criança e não no sangue, caracterizando apenas colonização.
De acordo ainda com informações do hospital, a KPC foi detectada na criança no dia 11 de abril e, assim que foi descoberta, Isaac foi isolado na incubadora e medicado. Com isso, a bactéria teria sido controlada.
Eles informaram também que o estabelecimento tem diversos dispensadores de álcool em gel para higienização, mas que, às vezes, até os próprios familiares trazem bactérias para o ambiente hospitalar.
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