VIDA URBANA
USFs: risco de incêndio
Inspeção realizada pelo Corpo de Bombeiros e Promotoria da Saúde, encontrou diversas irregularidades em USF's de João Pessoa.
Publicado em 14/03/2012 às 6:30
Fios expostos, extintores de incêndios com prazo de validade vencido e ligações elétricas clandestinas. Estas são algumas das irregularidades constatadas em Unidades de Saúde da Família (USFs) e hospitais administrados pela Secretaria Municipal de João Pessoa, durante inspeções feitas pela Promotoria da Saúde e Corpo de Bombeiros.
As informações foram passadas ontem pelo promotor da Saúde, João Geraldo Barbosa, durante o lançamento do Projeto Camilo de Lellis, que prevê ações para evitar que essas precárias instalações ocasionem incêndios. Durante o projeto, as equipes de saúde serão orientadas a prevenir e agir corretamente nas eventuais ocorrências. Também estão previstas a regularização dos fatores de risco e a aplicação de normas para evacuação do prédio.
O projeto é uma inciativa do Ministério Público da Paraíba, do Governo do Estado e do Corpo de Bombeiros e foi lançado ontem, no auditório da Procuradoria Geral do Ministério Público da Paraíba, em João Pessoa.
Durante quase duas horas, o comandante do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, major Nazareno Oliveira, explicou como serão adotadas as ações do projeto. Entre os meses de março até outubro, os bombeiros darão palestras e visitarão as unidades de saúde para alertar os profissionais de saúde sobre situações que favorecem a ocorrência de incêndios.
Além de representantes das três instituições, participaram do lançamento diretores e coordenadores de hospitais públicos e privados de João Pessoa. Foram convidados para o encontro os responsáveis por 23 instituições de saúde que funcionam na capital, além dos diretores das USFs.
Segundo o promotor da Saúde, João Geraldo Barbosa, as inspeções realizadas em unidades municipais de saúde apresentaram resultados preocupantes.
“As instalações elétricas precárias deixam as unidades de saúde e os hospitais em vulnerabilidade de sofrerem incêndios a qualquer momento. Nossa intenção é resolver esse problema, porque não queremos registrar desastres dessa natureza e muito menos com danos à vida das pessoas. Mas, se as unidades não se adequarem, iremos abrir procedimentos administrativos e as ações civis públicas cabíveis”, advertiu.
A gerente executiva em Vigilância da Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Júlia Vaz, disse que o governo tem o interesse em contribuir com as ações preventivas. Ela acrescentou que o projeto terá o apoio dos gestores de todos os hospitais estaduais de João Pessoa, que são Edson Ramalho, Arlinda Marques, Clementino Fraga e a Maternidade Frei Damião.
“O fato de o próprio governo estar aqui, presente, através do Corpo de Bombeiros, mostra que o Estado se preocupa com essa questão e que fará o que for preciso para sanar as irregularidades”, detalhou.
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