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VIDA URBANA

Uso consciente de água ajuda moradores a reduzirem consumo

Após adotar uso racional do produto, condôminos de CG conseguiram desconto de R$ 1,5 mil na conta .

Publicado em 08/03/2016 às 9:00

Campina Grande convive com um severo racionamento de água desde o dia 6 de dezembro de 2014. Até agora, são exatos um ano e três meses. Tempo em que a cidade e seus mais de 400 mil habitantes precisaram reaprender a reduzir o consumo de água, sob pena de um colapso total no sistema. E em tempos de crise hídrica, não só a redução, mas o consumo consciente são algo que podem fazer a diferença. É o caso de um condomínio da cidade, que conseguiu ganhar R$ 1.500 de desconto na fatura mensal tratando o esgoto produzido pelos moradores e reutilizando a água na jardinagem e limpeza externa.

Na prática, o sistema funciona da seguinte forma: o esgoto de 310 apartamentos que seria despejado diretamente na rede da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) vai para uma central de tratamento instalada dentro do próprio condomínio. O líquido passa por filtros de limpeza e tratamento com cloro e fica apto para ser reutilizada em atividades externas.

Uma das moradoras do local, Tamires Medeiros, aprova a prática, que além de econômica é benéfica ao meio ambiente e diz que na sua casa não é diferente. “É importante porque temos que buscar economizar os recursos naturais, principalmente a água que é tão preciosa e escassa. Na minha casa as torneiras e chuveiros também têm controladores de pressão e fazemos economia”, afirmou.

Conforme Edivânia Queiroz, responsável pela empresa que administra o prédio, a Atitude, a ideia da implantação dos sistemas de tratamento partiu do propósito de economizar e da preocupação com o meio ambiente.

“Esse sistema foi implantado no ano passado em um condomínio e em fevereiro neste e já podemos ver que traz muitos benefícios, tanto do ponto de vista financeiro, como ambiental e social”, disse. Ainda segundo Edivânia, além de sistema de reúso de água, em outros prédios há um trabalho com redutores de pressão e boias que favorecem um consumo mais racional.

O consumo consciente foi adotado por outros prédios, comércios e indústrias depois do início da crise hídrica em Campina Grande. Mesmo assim, alguns especialistas criticam a legislação municipal, que prevê poucas exigências para novos empreendimentos, algo que deveria ser mais rígido, tendo em vista o cenário hídrico da cidade ser bastante crítico. “A gente não vê muita exigência aqui, no Plano Diretor do município, por exemplo. Em outras cidades, como no Rio de Janeiro, mesmo com maior disponibilidade de água, as normas são bem mais duras para as construtoras”, disse o engenheiro de minas Ricardo Vivas.

Esse aspecto também foi revelado por uma pesquisa sobre utilização de equipamentos para redução do consumo de água, do arquiteto Marcelo Barros, que afirma que as leis municipais não têm controle quanto ao uso e ocupação do solo na cidade.

No entanto, o secretário de Planejamento e Obras de Campina Grande, André Agra, afirmou que tanto a legislação antiga como o novo código de obras preveem que empreendimentos novos tenham um projeto de captação e reaproveitamento de águas pluviais. “Para que a prefeitura libere a licença de construção desses empreendimentos, é preciso que eles apresentem esse projeto, e estamos exigindo isso desde o início de 2015”, afirmou.


Funcionamento dos mecanismos poupadores selecionados

Descrição/funcionamento

Mecanismos poupadores

Consiste em uma peça localizada na extremidade da torneira. Em seu interior existe uma espécie de filtro que diminui o tamanho das partículas e introduz ar no líquido. Esse processo mantém a sensação do jato forte, porém com uso de menos água na lavagem.

Chuveiro com aerador

O aerador é um dispositivo que, quando instalado nas duchas, preenche as gotas de água com uma minúscula bolha de ar. Ele utiliza um pequeno tubo de diâmetro variável, que cria uma diferença de pressão e velocidade do fluido. O ar é sugado para dentro do tubo, devido ao vácuo parcial criado, fazendo com que o ar e a água se misturem. Com isso, o fluxo de água é aumentado, enquanto é reduzida a quantidade de água utilizada

Bacia Sanitária de acionamento duplo

As descargas dos resíduos líquidos que antes eram feitas com 6 litros passaram a ser feitas com 3 litros. A cada quatro vezes que a bacia é utilizada, uma é para sólidos e as três demais são para líquidos, portanto, com essas três descargas consumindo a metade da água, a economia gerada pela substituição da bacia sanitária de acionamento simples pelo duplo atinge 75% do consumo.

Reuso de águas cinzas

O uso de fontes alternativas para fins menos nobres, como irrigação, rega de jardins, lavagem de rua e descarga em bacias sanitárias, é indicado como opção para a redução do consumo de água potável.

Medidores individuais

Com a implantação dos sistemas de medição individual, obtém-se uma economia de até 20% no consumo do edifício. Ele relata que de forma individual, cada morador se educa melhor quanto ao consumo de água, diminuindo o desperdício.

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Jornal da Paraíba

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