VIDA URBANA
USP tira proveito da ferramenta
Grupo de pesquisadores de São Paulo aproveitam a ferramenta e levantam fundos para participar de competição nos EUA.
Publicado em 03/06/2012 às 19:24
O financiamento colaborativo de projetos de ciência ainda engatinha no Brasil, mas um grupo de pesquisadores da USP já está tirando proveito da ferramenta.
Sem dinheiro para ir a uma das maiores competições de biologia sintética do mundo, a iGEM (Competição Internacional de Máquinas Geneticamente Modificadas, em inglês), que acontece nos EUA, a equipe decidiu apelar para o "crowdfunding".
Em pouco mais de um mês, eles conseguiram quase US$ 3.000 para custear a inscrição da equipe no evento. E a maior parte das doações veio de pessoas sem nenhum contato com o grupo.
"O 'crowdfunding' é meio que uma nova versão da rifa para arrecadar dinheiro", brinca Carlos Hotta, professor do Instituto de Química e líder da equipe brasileira na competição. Foi dele a ideia de usar a ferramenta para financiar o projeto.
"A maior inspiração foi o desespero. Nosso plano A, que era conseguir dinheiro com empresas, não deu certo. Tivemos de buscar alternativas", explica Hotta. Segundo ele, o "crowdfunding" foi também uma boa opção para lidar com um problema burocrático. Apesar de seu caráter de pesquisa e desenvolvimento científico, a iGEM é uma competição, uma modalidade que, ao contrário de congressos e simpósios, não está descrita nos editais de pesquisa e outras regras das universidades.
O grupo usou o site RocketHub, o qual, embora não seja exclusivo para ciência, tem vários projetos da área.
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