icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Usuários de drogas do Juliano Moreira terão hospital exclusivo

Secretaria de Estado da Saúde (SES) vai transferir na próxima semana os usuários de drogas que estão em uma ala do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira.

Publicado em 23/07/2010 às 14:10

Da Redação

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) vai transferir na próxima semana os usuários de drogas que estão em uma ala do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira para um prédio anexo, que faz parte do complexo hospitalar. O local será exclusivo para o atendimento de pacientes com dependência química em crises. A direção do complexo desocupou o prédio há dois meses para viabilizar a transferência destes pacientes, que é mais agressiva e depreda o ambiente durante tentativas de fugas. Atualmente, o Juliano Moreira tem dez vagas para usuários de drogas, mas a determinação do secretário de Saúde, José Maria de França, é que o número seja ampliado.

Em inspeções realizadas desde a semana passada, técnicos da SES identificaram a necessidade da transferência dos usuários de drogas, que dormem separados dos doentes psiquiátricos, mas ficam em uma ala próxima, separada por grades e pérgula. “Eles atraem os pacientes psiquiátricos à pérgula, batem neles e rasgam suas roupas, necessitando constantemente da intervenção dos nossos funcionários. Estamos terminando a recuperação do prédio do antigo ‘Hospital Dia’ para abrigarmos os dependentes químicos, oferecendo mais segurança aos pacientes psiquiátricos e aos funcionários e um tratamento mais adequado aos usuários de drogas”, afirmou Clélia Lucena, diretora do complexo.

O prédio - O novo espaço tem duas enfermarias com capacidade para 12 pessoas, três salas para atividades terapêuticas, refeitório, posto de enfermagem, secretaria e recepção. “As atividades e o atendimento médico serão os mesmos atualmente prestados. O que vai mudar é que, nesse novo local, esses pacientes vão ficar isolados dos doentes mentais que são, frequentemente, agredidos pelos usuários de drogas, que são muito agressivos. Eles agridem uns aos outros e, às vezes, se juntam em grupos para agredir um terceiro. Na hora em que estão no surto, eles nos causam muitas dificuldades”, disse Clélia.

O antigo ‘Hospital Dia’ foi inaugurado em setembro de 1998, mas estava desativado há dois anos. Durante um ano, o local abrigou o ambulatório do Juliano Moreira, cujo prédio original estava em reforma. Há dois meses, por determinação do secretário José Maria de França, o prédio começou a ser reformado para receber os dependentes químicos. A segurança no local também será reforçada, com vigilância 24 horas, para evitar agressões e fugas.

Tratamento - Segundo Clélia, os pacientes, a maioria da Grande João Pessoa, é encaminhada pela Justiça (juízes e promotores) e polícia, mas alguns também são levados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pela própria família.

São usuários de maconha, crack, cocaína e álcool. O tratamento inclui a desintoxicação, feita com medicamentos específicos, e oficinas terapêuticas (de pintura, desenho, música, dança e artesanato), além de atividades esportivas (futebol, voleibol e speedball), que continuarão sendo feitas no Juliano Moreira. Após o tratamento, que dura, em média, um mês, os pacientes recebem alta, mas segundo Clélia, acabam voltando às ruas porque não existem locais adequados para que eles possam continuar o tratamento.

Câmeras – A direção do complexo também está finalizando o processo para instalação de um circuito de TV no Juliano Moreira. Depois das denúncias anônimas, até agora sem evidências comprovadas, o secretário José Maria de França determinou agilidade na instalação das câmeras de vídeo e sala de monitoramento em algumas áreas do complexo, como medida de segurança para pacientes e servidores. A instalação deve ser feita nos próximos dias.

José Maria de França também determinou à Subgerência de Engenharia da SES que providenciasse todos os reparos necessários no prédio do complexo psiquiátrico, que tem mais de 80 anos, e apresenta problemas na estrutura, principalmente no telhado. A direção e funcionários explicaram que o retelhamento do prédio é feito constantemente e que as telhas são quebradas pelos próprios pacientes (principalmente os usuários de drogas), durante tentativas de fugas.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp