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VIDA URBANA

Usuários reclama do difícil acesso ao Aeroporto Castro Pinto

Problemas atingem os dez mil usuários que circulam diariamente pelo terminal, além dos funcionários do aeroporto e das lojas.

Publicado em 21/09/2011 às 8:00


Chegar ou sair do Aeroporto Internacional Castro Pinto, em Bayeux, na Grande João Pessoa, tem sido uma tarefa difícil. Vias esburacadas, pista sem acostamento, sem iluminação, sem sinalização e com animais às margens, além de uma obra atrasada e praticamente parada de duplicação da BR-101 são os desafios a serem enfrentados para transitar entre João Pessoa e o aeroporto. Os problemas atingem os dez mil usuários que circulam diariamente pelo terminal, além dos funcionários do aeroporto e das lojas.

Atualmente, o aeroporto Castro Pinto conta com 30 voos diários, entre pousos e decolagens. Desse total, 15 são durante o dia e 15 à noite. São cerca de 3,4 mil passageiros que viajam por dia. Já que, em média, cada um é acompanhado por duas ou três pessoas, a estimativa da superintendência do aeroporto é de dez mil pessoas circulando diariamente.

O período noturno é apontado por usuários e pelo próprio superintendente do aeroporto, Alexandre Oliveira, como o mais perigoso e problemático. “Eu estou muito preocupado com o acesso ao aeroporto. A falta de iluminação, sinalização e segurança causa medo a quem transita”, destacou Alexandre Oliveira. Segundo ele, a Ouvidoria do aeroporto recebeu, em média, nos últimos nove meses cerca de 15 reclamações de usuários com relação à precariedade do acesso ao terminal.

A gerente comercial Gisele Wilwert, que mora em São Paulo e veio a João Pessoa a trabalho, disse que se espantou com o preço que pagou no táxi, devido ao grande desvio que o carro teve que fazer.

“Eu já tinha vindo a João Pessoa outras vezes e, ano passado, paguei R$ 45,00 até o hotel. Ontem paguei R$ 75,00”, disse. Ela ainda contou que chegou à capital paraibana à noite e ficou assustada com a falta de iluminação e sinalização. “É bem esquisito à noite. Na vinda para o aeroporto, duvidei se estava no caminho certo, pois não vi nenhuma placa indicativa”, completou.

“Infelizmente, esses problemas são um péssimo cartão de visita para os turistas que chegam à Paraíba. Na minha opinião, a duplicação da rodovia, inclusive, pouco privilegiou o acesso ao aeroporto. Poderia ter sido melhor pensado. Não estou feliz com o acesso”, desabafou o superintendente do aeroporto. Ele acrescentou que já enviou dois ofícios à Secretaria de Turismo do Estado informando sobre esses problemas.

Para as pessoas que trabalham no aeroporto, o problema torna-se diário e persistente. “O trânsito é um caos e é muito comum ter acidente de carros no retorno improvisado devido à obra do viaduto que ainda não terminou. Estamos de mãos atadas, um problema sem fim há uns oito meses”, disse Aline Cristina, que trabalha em uma livraria.

John Herbert, que também trabalha na livraria do aeroporto, reclamou ainda do acesso aos ônibus. “Como é difícil os ônibus chegarem aqui, venho muitas vezes de transporte alternativo, que não é legal, mas é a única opção”, disse.

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Jornal da Paraíba

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