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VIDA URBANA

Vegetação de restinga corre risco de desaparecer no Estado

Levantamento de pesquisador da UFPB revela que desmatamento desenfreado pode acabar com a cobertura nos próximos 20 anos no Litoral da Paraíba.

Publicado em 20/09/2015 às 12:00

Vestígios de cinza, restos de troncos e galhos de árvores em diversos trechos da área de mata próximo à Barra de Camaratuba, em Mataraca, são indícios de que o desmatamento na vegetação de restinga do município não deu trégua. Em 2014, foram desmatados 29 hectares da cobertura na Paraíba, segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica. Nesse município, no Litoral Norte do Estado, foi onde ocorreu a maior parte dessa degradação ambiental, conforme o último mapeamento da entidade.

Com papeis importantes como fixar dunas e manguezais, a vegetação de restinga, que é um dos tipos da Mata Atlântica, tem como um dos principais vilões a expansão imobiliária nessas áreas. Em Mataraca, muitos trechos da praia onde havia vegetação rasteira hoje estão ocupados com construções, sobretudo casas para veraneio. “Aqui o pessoal retira muita mata para construir casa, bar. Também já vi muita gente retirar as árvores para aproveitar a madeira. Tudo isso a gente vê, mas não pode falar nada. É perigoso”, revelou o aposentado João Fonseca.

Ainda na região da Barra de Camaratuda, parte de uma área onde havia mata de restinga foi retirada para dar lugar a um pequeno campo de futebol. Em outros trechos da área, o descarte irregular de lixo no interior das matas é um problema recorrente. Um morador do local que preferiu não se identificar disse que é comum o abandono de lixo nas matas, sobretudo aos finais de semana e em datas de maior movimentação na praia. “Quando atrasa a coleta, tem muito morador daqui que joga o lixo. Mas também tem gente de fora, que vem para as casas de praia ou visitar e joga lixo lá também”, denunciou.

O levantamento das áreas com vegetação de restinga que foram desmatadas na Paraíba feito pela Fundação SOS Mata Atlântica identificou que, até o ano passado, restavam no Estado apenas 246 hectares desse tipo de vegetação. Caso o volume retirado dessa vegetação continue nos anos seguintes com a mesma proporção registrada em 2014, essa cobertura vegetal pode desaparecer da região litorânea nos próximos 20 anos e os prejuízos ao meio ambiente serão muitos, conforme alerta o biólogo e pesquisador da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Bráulio Santos.

“As restingas são frutos do avanço do Oceano, de origem principalmente do depósito arenoso no continente que depois é coberta pela vegetação, que ‘segura’ os manguezais e mantêm as dunas nos seus devidos locais. Se essa vegetação for retirada, o vento vai soprar a areia para dentro da cidade e isso vai ter um custo econômico. Quanto aos animais, quando o Oceano avança e cobre a parte continental cria novas oportunidades e as espécies que estão próximas acabam colonizando aquela área. Então, se tem animais representativos de outros ambientes da Mata Atlântica”, explicou o professor.

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Jornal da Paraíba

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