Vegetação de restinga é catalogada em lista

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) divulgou ontem a relação das espécies de vegetação de restinga presentes na Mata Atlântica da Paraíba. A lista com 774 espécies de vegetação primária, classificadas de acordo com o estágio de regeneração, deve orientar os órgãos competentes no trabalho de manutenção e resgate de toda a costa brasileira.

Dentre elas, pelo menos três são consideradas raras, endêmicas ou ameaçadas de extinção.

Segundo o Conama, as restingas são compreendidas como áreas de solo arenoso cobertas por vegetação com diversas fisionomias que vão desde vegetação próxima à praia, com uma vegetação que possui formações herbáceas, passando por formações arbustivas, abertas e fechadas, chegando a florestas de até 20 metros de altura. Sua fisionomia variada está diretamente relacionada ao solo arenoso onde ela se encontra.

A resolução 439/201, aprovada ontem pelo Conama, divide as espécies pelo tipo de vegetação – herbácea e subarbustiva de restinga, arbustiva de restinga, arbórea de restinga e transitória floresta de restinga, que abrange outras tipologias vegetacionais – e pelo grau de regeneração – primário, médio e avançado.

Atualmente, a restinga é considerada como Área de Preservação Permanente (APP) e pode ser identificada como tendo no mínimo 300 metros contados do ponto mais alto em que chega a maré. De acordo com a diretora de fiscalização da Seman-JP, Socorro Menezes, são realizadas diariamente fiscalizações, conjuntamente a Polícia Ambiental, nas áreas de matas e vegetação nativa, incluindo as de restinga. “Nosso trabalho é voltado para coibir o desmatamento, a degradação ambiental e outras práticas criminosas contra a natureza”, afirmou.