Veneziano diz que greve dos servidores da Saúde tem "outros interesses"

Da Redação
Com Codecom-CG

O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) lamentou, nesta quarta-feira (27) o movimento de greve dos servidores públicos municipais e disse lamentar a posição do Sintab na condução da situação, mas afirmou, entretanto, “que se mostra outro viés, outro interesse, por trás de tudo isso”.

Segundo Veneziano, “há o claro interesse de querer prejudicar a sociedade campinense. Há uma falta de sensibilidade na condução desse movimento. Caso contrário teria se esperado até sexta-feira, já que ainda estamos dentro da data-base”, disse o prefeito, afirmando que não era necessária essa paralisação já que sempre houve uma postura de diálogo com o Sintab.

O prefeito campinense disse que o professor Napoleão Maracajá, coordenador do Sintab, não enviou, em tempo, para a Secretaria de Educação o ofício com os nomes que deveriam integrar a comissão que analisaria as ascensões funcionais dentro do Plano de Cargos e Carreira aprovado para o magistério em 2008. Somente na última segunda-feira é que esse ofício foi enviado. “A nova direção do Sintab simplesmente esqueceu de apresentar os nomes”, disse o prefeito.

Veneziano afirmou que o professor Napoleão Maracajá está equivocado com relação as percentuais apresentados. O prefeito disse que entre 2007 e 2008 chegou a investir quase 92% dos recursos do Fundeb no magistério, mesmo havendo queda nos valores do Fundeb, conforme dados apresentados pela Secretaria de Educação. “Essa é uma realidade que muitos não querem identificar”, comentou o prefeito.

Ainda sobre o assunto o prefeito disse que Napoleão Maracajá, por ter passado muito tempo fora de Campina, “e com razões justificadas e louváveis, fazendo doutorado, não conhece as novas instalações das nossas escolas e ao invés de procurar incentivar paralisações seria mais fácil visitar nossas novas escolas e creches, como a Lúcia de Fátima Gayoso, Francisca Zena Brasileiro e Francisco Brasileiro, entre tantas outras”.

Sobre os concursos públicos o prefeito disse que já foram convocados para contratação cerca de 3 mil servidores. “Nós fizemos concursos para médicos, odontólogos, enfermeiros, técnico, professor, orientador e supervisor, entre outros”, disse Veneziano, afirmando ainda que “o prefeito de Campina Grande é responsável e não poderia apresentar uma proposta salarial depois da queda durante cinco meses das cotas do FPM. Foram mais de R$ 4 milhões entre o FPM e o Fundeb”, garantiu.