VIDA URBANA
Venezuelanos são encontrados em situação sub-humana em JP
Situação se desencadeou a partir de um telefonema anônimo. Refugiados viviam no Roger.
Publicado em 12/02/2020 às 11:33 | Atualizado em 12/02/2020 às 16:58
Um telefonema anônimo feito para o Corpo de Bombeiros da Paraíba desencadeou uma operação nesta terça-feira (11) e quarta-feira (12) no bairro do Roger, em João Pessoa, para atender um grupo de aproximadamente 40 venezuelanos refugiados do país de origem que estavam vivendo em situação sub-humana.
Dentre os venezuelanos, várias eram crianças que foram atendidas e diagnosticadas com subnutrição, apneia e diarreia. Dezesseis delas, a propósito, estavam em estado mais grave e precisaram ser internadas no Hospital Municipal do Valentina, que está servindo de referência para esses atendimentos.
A situação era tão grave que em pouco tempo a Prefeitura Municipal de João Pessoa entrou no caso para auxiliar o Corpo de Bombeiros, num trabalho conjunto que conta também com a Secretaria de Saúde, com a Secretaria de Desenvolvimento Social e com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Secretária-executiva da Saúde municipal, Ana Giovana confirmou que o caso requeria cuidados especiais. “Precisamos entender a situação de marginalização que eles sofrem enquanto refugiados. Mas nós, enquanto secretaria, estamos aqui para dar total apoio. Agora, o fundamental é cuidar da saúde das crianças, que estão bastante debilitadas”.
Ela disse que a ocorrência na terça-feira (11) foi mais emergencial, depois do telefonema anônimo, mas que nesta quarta-feira (12) começou mesmo um trabalho social, extremamente importante, para dar mais dignidade a essa população. “Eles estavam morando num ambiente de muita sujidade”, explicou, dizendo que é importante também dialogar e deixá-los mais confortáveis, visto que estão todos muito assustados.
Por volta de 11h da manhã, aliás, a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do município informou que todas as crianças apresentam um quadro estável, mas muitas delas ainda com desidratação. Foi informado ainda que a Secretaria vai seguir acompanhando os venezuelanos e dando suporte no acolhimento e no cuidado dessas pessoas.
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