VIDA URBANA
Verão chegando: entenda os perigos da exposição excessiva ao sol para sua saúde
O verão só começa oficialmente na sexta-feira (21) às 19h22, mas o sol já está inclemente.
Publicado em 19/12/2018 às 16:42 | Atualizado em 19/12/2018 às 18:40
O verão só começa oficialmente nesta sexta-feira (21) às 19h22, mas o sol, que é a marca registrada dessa estação, já vem anunciando o calorão que não vai dar trégua em 2019. Essa estação deve ter temperaturas acima da média histórica no Brasil, é o que prevê o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC-INPE).
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As temperaturas neste mês de dezembro na Paraíba estão pelo menos dois graus acima da média histórica e janeiro deve continuar assim. Poucas nuvens no céu, um calor de matar, mas esse não é o único problema. É nessa época que a incidência de raios ultravioletas, que são perigosos para a saúde, está altíssima. Aqui no Nordeste, até o final do verão, o índice de radiação solar encontra-se entre 11 e 14 – numa escala que vai até 16.
Quando atingem a pele, os raios ultravioletas bronzeiam, mas em excesso podem provocar alergias e inclusive queimaduras graves. Esses são os efeitos imediatos. Essa radiação também pode trazer problemas a longo prazo. O efeito na pele é cumulativo, ou seja, é como se o sol que você tomou durante toda a vida fosse sendo armazenado, causando envelhecimento precoce e até alterações no DNA da célula que levam ao câncer.
Câncer de pele
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2018 as estimativas é que tenham sido diagnosticados 165.580 casos de câncer de pele, sendo 85.170 homens e 80.140 mulheres, o que representa 30% de todos os tipos de tumores malignos.
Pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol são mais vulneráveis ao câncer de pele não-melanoma. Outros fatores de risco incluem indivíduos com sistema imune debilitado e exposição à radiação artificial. Quem tem pele clara e que se queima com facilidade quando se expõe ao sol tem mais risco de desenvolver a doença, que também pode atingir negros.
Insolação e desidratação
Além das lesões de pele, o excesso de sol pode trazer outras consequências bem graves. Quando ficamos muito tempo em um calor forte, como praia com sol quente, a temperatura do nosso corpo sobe, os poros se abrem e começamos a suar. A insolação é quando o corpo não consegue manter a temperatura do corpo na faixa normal, em torno de 37ºC. Alguns sintomas da insolação são: tontura, fraqueza e cansaço intenso, náuseas e vômitos, tremores e até febre.
Portanto fique atento! As maiores vítimas são crianças e idosos, que inclusive podem morrer por causa da insolação. Evite ficar muito tempo no sol, tome bastante líquido. Ah, importante lembrar! Bebidas alcoólicas não contam, elas fazem você perder mais líquido e aumentam o risco de desidratação.
Para curtir o melhor o verão com tranquilidade e saúde, é imprescindível seguir algumas recomendações para se proteger dos raios ultravioletas.
Veja como se proteger do sol
- Evitar exposição prolongada ao sol entre 9h e 16h.
- Procurar lugares com sombra.
- Usar proteção adequada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas.
- Aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro (protetor) solar com fator de proteção 15, no mínimo.
- Usar filtro solar próprio para os lábios.
- Você já ouviu falar na Regra da Sombra? Significa que, quando a sua sombra for menor que você, é hora de procurar abrigo do Sol!
* André Telis é médico cardiologista, colunista de Saúde na CBN João Pessoa e escreve sobre o tema às quartas-feiras no Jornal da Paraíba
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