VIDA URBANA
Vereador pretende acionar o MPF contra abertura de comporta de Boqueirão para abastecer Acauã
Presidente da Aesa critica "insensatez" de Márcio Melo e diz estar pronto para a batalha.
Publicado em 27/02/2018 às 19:30 | Atualizado em 27/02/2018 às 19:49
A exemplo do que ocorreu com o fim do racionamento de água em Campina Grande, a decisão da Aesa (Agência de Gestão das Águas do Estado da Paraíba) de abrir a comporta do açude Epitácio Pessoa, para abastecer a barragem de Acauã, em Itatuba, no Cariri da Paraíba, deve resvalar para os campos político e jurídico. O vice-presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, Márcio Melo Rodrigues (PSDC), revelou, nesta terça-feira (27), que se não houver um estudo técnico sobre a decisão vai acionar o Ministério Público Federal (MPF) para evitar a abertura da represa.
>> Aesa quer abrir comporta do açude Boqueirão para abastecer Acauã.
“O Governo do Estado e a Aesa fazem politicagem com a água. Para efetivar esta medida, eles teriam que fazer um estudo e um debate com as autoridades e a população envolvida. O Açude de Boqueirão só acumulou 12% de água. Por que liberar a água para Acauã. Deixa chegar a 40%”, frisou Márcio, que vai solicitar uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir o tema.
No final da tarde desta terça-feira, Boqueirão estava com mais de 49,4 milhões de metros cúbicos de água (12,01%) e Acauã, com 253 milhões metros cúbicos, o equivalente a 2,99% de sua capacidade total.
Pronto para a batalha
O presidente da Aesa, João Fernandes, disse que não teme uma ação judicial do vereador Márcio Melo. “Estamos prontos para a batalha, seja como campo político ou no campo jurídico, assim como aconteceu com o fim do racionamento de água em Campina Grande. Os fatos comprovaram que o Governo do Estado e a Aesa estavam certos”, ressaltou o dirigente.
Fernandes classificou de “insensatez” a posição de Márcio Melo. “A água que vai para a barragem de Acuã abastecerá a população de 14 municípios. Todos têm direito ao acesso a água. A posição do vereador é de uma insensatez sem tamanho”, criticou o presidente da Aesa.
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