VIDA URBANA
Vigilância apreende carne em CG
Inspeção da Vigilância Sanitária de CG apreende na Feira Central, uma tonelada de carne sem certificado de procedência.
Publicado em 14/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 20/06/2023 às 11:42
Dois dias após a reportagem do Jornal da Paraíba alertar sobre os perigos da comercialização de carnes sem o selo de inspeção, uma denúncia anônima levou uma equipe de inspeção da Vigilância Sanitária de Campina Grande a apreender, na manhã de ontem, no Mercado da Feira Central, uma tonelada (t) de carne bovina sem certificação, nem documentação que comprovasse a procedência. O material, que era guardado em uma câmara frigorífica no local, foi transportado em um veículo para a sede do órgão, onde posteriormente iria ser inutilizado com aplicação de produtos químicos e depois incinerado ou enterrado.
De acordo com Luciano Diniz, inspetor da Vigilância Sanitária municipal, os documentos que foram apresentados como sendo da carne apreendida não correspondiam ao peso das caixas onde elas estavam sendo guardadas. Segundo ele, quando isso acontece, apresenta-se um indício muito grande do produto ser de procedência duvidosa, e representar um risco à saúde humana. Dessa forma, após a atuação em flagrante, o material foi retirado da câmara fria e o proprietário recebeu uma multa.
“Nós chegamos até aqui após uma denúncia e confirmamos que a carne que estava sendo comercializada não era originária de um matadouro credenciado. Dessa forma, ela não estava com o selo de inspeção, que corresponde a um carimbo que comprova que o animal foi abatido em condições de higiene aceitáveis e que ela de boa procedência. Então, todo o material foi apreendido, e será inutilizado, já que pelas características a carne não é confiável para o consumo. O proprietário foi notificado e o departamento jurídico irá decidir qual o valor da multa que ele terá de pagar”, explicou o inspetor que confirmou que a infração varia entre R$ 300,00 a R$ 100 mil.
A equipe de inspeção da Vigilância Sanitária de Campina Grande confirmou que irá continuar com as visitas aos locais onde acontece o comércio, mas orientou a população a sempre ficar atenta a origem do produto, e exigir ao proprietário do negócio a presença do selo de inspeção no produto. Segundo Luciano Diniz, o consumidor ainda pode exigir que a nota fiscal da carna ainda seja mostrada para se certificar da procedência.
“O consumidor tem todo esse poder. Por isso é bom ficar atento para não acabar comprando um produto sem qualidade”, finalizou.
Já o proprietário da câmara frigorífica onde a carne estava sendo guardada não quis se identificar nem dar declaração sobre a autuação da Vigilância. O empresário, que também comercializa produtos na Feira Central, se limitou a dizer que tinha os documentos que comprovavam a compra da carne em um local autorizado, mas não explicou sobre a ausência do selo de inspeção sanitária.
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